Bósnia-Herzegovina – Bélgica (Mundial 2018)

A Bélgica visita Sarajevo já com o primeiro lugar do Grupo H assegurado mas os bósnios ainda estão na refrega pelo segundo lugar e todos os pontos não são demais. Gregos e cipriotas, que se enfrentam este sábado, seguem por perto. Lukaku, com queixas no tornozelo, não viajou com a comitiva mas pode ser recuperável para a receção a Chipre.

A Bósnia-Herzegovina de certeza que retira ânimo do facto dos belgas já terem a sua vida totalmente definida no que respeita ao Mundial do próximo ano. Mesmo que perdessem os dois últimos jogos, altamente improvável para uma seleção que leva uma sem desaires, continuavam fora de alcance no primeiro lugar do Grupo H, com vinte e dois pontos. Os bósnios são segundos, com catorze, seguidos ainda de Grécia, com treze, e Chipre, com dez. Estónia e Gibraltar, com oito e zero pontos, respetivamente, já estão fora da contenda.

O senão é que a Bósnia-Herzegovina tem o calendário mais traiçoeiro para fechar a fase de grupos. A Bélgica, mesmo que levantando o pé do acelerador, é sempre um adversário com recursos para fazer uma goleada. E na terça-feira vai jogar à Estónia. A Grécia vai jogar ao Chipre este sábado, que como se sabe é um duelo com muito história e rivalidade à mistura. Do ponto de vista do bósnios, o ideal seria que os gregos perdessem ou, em alternativa, que as duas equipas cedessem pontos. Isto porque na última jornada a Grécia vai ter um jogo fácil – em casa com Gibraltar – e o Chipre vai à Bélgica, onde será mais improvável reclamar os três pontos.

A Bósnia-Herzegovina (4V/ 2E/ 2D) perdeu na Bélgica (4-0) e empatou os dois duelos com os gregos: 1-1 no Pireu e 0-0 em casa. O que destoou-o neste percurso foi o desaire em Chipre (3-2), sobretudo se recordarmos que Toni Sunjic e Edin Visca tinha a seleção de Mehmed Bazdarevic a vencer por duas bolas a zero ao intervalo. Mas os cipriotas não atiraram a toalha ao chão e nos últimos vinte e cinco minutos da partida deram a volta ao marcador.

Onze Provável: Begovic – Bicakcic, Vranjes, Sunjic, Zukanovic – Pjanic, Jajalo – Visca, Ibisevic, Lulic – Dzeko.

A Bélgica foi uma das primeiras seleções a garantir o apuramento para o Mundial 2018, com uma campanha quase irrepreensível. A seleção de Roberto Martínez entrou a matar na qualificação e nunca aliviou a carga. Só não venceu um dos oito jogos disputados até ao momento – a exceção foi na receção à Grécia (1-1) – e nesta campanha leva uma média superior a quatro golos por partida (trinta e cinco marcados; três sofridos). A frente ofensiva deste conjunto é de verdadeiro luxo.

Romelu Lukaku está com problemas num tornozelo e esteve a fazer trabalho específico. O avançado do Manchester United foi poupado da viagem a Sarajevo mas pode vir a ser recuperável para o segundo jogo, em casa com o Chipre. De qualquer forma não há propriamente necessidade na sua utilização. Não faltam alternativas no banco e o jogo já não conta para nada. Michy Batshuayi, Origi, Torgen Hazard, ou mesmo Dries Mertens, que também pode jogar como falso nove, podem resolver o problema e talvez até seja benéfico testar essas interações.

Onze Provável: Courtois – Alderweireld, Vermaelen, Vertonghen – Meunier, Hazard, Fellaini, Ferreira-Carrasco – Kevin de Bruyne, Batshuayi, Mertens.

Bélgica	4-0	Bósnia e Herzegovina	Mundial 2018 (Q)
Bélgica	3-1	Bósnia e Herzegovina	Euro 2016 (Q)
Bósnia e Herzegovina	1-1	Bélgica	Euro 2016 (Q)

A Bélgica venceu os dois últimos confrontos com a Bósnia-Herzegovina. Há um ano, Spahic abriu a contenda com um autogolo. Eden Hazard, Toby Alderweireld e Romelu Lukaku fizeram os restantes.