Bolívia – Equador (Mundial 2018)
Com a Bolívia fora de corrida nesta fase de qualificação para o Mundial 2018, este encontro tem especial interesse para o Equador, já que o contexto da prova se inclina para a inevitabilidade de uma das equipas mais fortes da América do Sul acabar fora do Mundial disputado na Rússia. Vencer na Bolívia já foi, em tempos, uma tarefa quase impossível de completar, sendo que a altitude impunha severas dificuldades aos jogadores adversários. Hoje em dia a situação é ligeiramente diferente, dada a preparação dos atletas, pelo que se perdeu um efeito que os bolivianos não deixam de tentar replicar.
A Bolívia vem de uma pesada derrota no Brasil que, de certa forma, marcou o inevitável fim das aspirações deste conjunto a estar presente no Mundial 2018. Aliás, a história recente da seleção boliviana já a colocava em situação bastante fragilizada desde a partida, até porque não participa num Mundial desde 1994. O fator casa, nesta fase de qualificação, ainda só teve efeito perante equipas que serão do seu nível competitivo, ou mais baixo, tendo em conta que derrotou o Peru e a Venezuela. A vitória frente aos peruanos aconteceu no passado mês de setembro, o que alimentará a esperança de poder voltar a repetir o feito frente a uma equipa mais poderosa, passando daí para um empate com o Chile, um resultado que também fez aumentar a confiança deste conjunto. Mas a pesada derrota no Brasil voltou a recolocar os bolivianos perante as suas limitações. Sem alguns dos seus habituais titulares, como Romel Quiñonez, Diego Bejarano ou Martin Smedberg-Dalence disponíveis, a equipa tentará adaptar-se à situação com vista a pontuar.
Onze Provável: Lampe – E. Rodriguez, R. Raldes, Edward Zenteno, M. Bejarano – Azogue, Melean – Duk, J. Campos, Arce – M. Moreno.
O Equador voltou às vitórias em estilo, depois de ter conseguido bater o Chile na passada quinta-feira por 3-0, impondo ao conjunto chileno os riscos que corria de ficar em pior posição para atacar um lugar no próximo Mundial. Os equatorianos têm sido um conjunto capaz de fazer a diferença neste tipo de fases de qualificação longas, demonstrando-se especialmente capazes de constância na prova, e mesmo depois de em setembro terem tido dois resultados bem mais negativos, como uma derrota caseira com o Brasil mas, sobretudo, a derrota no jogo com o Peru, voltaram a impor a sua qualidade, até perante um adversário mais poderoso. Agora têm uma nova deslocação que os deixará em dificuldades, sobretudo se não revelarem o seu melhor futebol e, acima de tudo, a capacidade para se imporem perante os adversários. A seleção do Equador encontra-se com algumas dificuldades também na questão física. Felipe Caicedo, Daniel Angulo, Michael Arroyo, Jefferson Montero e Frickson Erazo estão, todos eles, lesionados e fora da equipa. Será também ultrapassando mais este obstáculo que a equipa equatoriana poderá impor-se, aproximando-se da presença no Mundial da Rússia.
Onze Provável: Dreer – Paredes, Mina, L. Caicedo, C. Ramirez – Orejuela, Nóboa – A. Valencia, Enner Valencia, F. Martinez – Jaime Ayoví.
Foi em 1997 a última derrota do Equador na Bolívia, que desde então tem conseguido sempre vencer ou empatar quando se desloca a este território. Aliás, desde esse ano, a única vitória da Bolívia aconteceu em encontro a contar para a Copa América 2015, que se disputou no Chile.
O favoritismo vai pendendo para o lado da equipa equatoriana, com a Bolívia a ter que mostrar mais e melhor do que tem conseguido nos últimos tempos.