Benfica – Torino (Eusébio Cup)
A Eusébio Cup volta ao Estádio da Luz e conta com um convidado muito especial. A relação do Benfica com o Torino ficou marcada pela tragédia mas era já antes uma história de amizade. Um ambiente especialmente emotivo naquele que será o jogo de apresentação aos sócios do Sport Lisboa e Benfica.
O jogo com o Wolfsburg serviu para esclarecer dúvidas que persistissem. O Benfica já deu muito boa conta de si no que aos mecanismos defensivos e de pressão diz respeito. André Horta tem enchido as medidas de Rui Vitória. O ex-sadino entrou para a pré-temporada a lutar para ficar no plantel e pelo menos para já está bem encaminhado para ser titular. Foi a opção inicial nos últimos três jogos. Samaris tem mercado e pode sair, situação reforçada pelo facto do brasileiro Danilo – que na temporada passada esteve cedido ao Valência – estar a caminho da Luz, por empréstimo do Braga. Quem perdeu espaço no plantel foi o marroquino Carcela. A solução pode estar no interesse do Hamburgo. Cerví tem-se afirmado como uma das contratações da época e o treinador tem estado a trabalhar Gonçalo Guedes numa posição mais avançada.
Depois do desaire frente ao Sheffield Wednesday (1-0), o Benfica goleou o Port Vale (0-5) e venceu os alemães do Wolfsburg (0-2), com golos de Mitroglou e Jonas.
Onze Provável: Júlio César – Nélson Semedo, Lisandro, Jardel, Grimaldo – Carrillo, André Horta, Fejsa, Cerví – Mitroglou, Gonçalo Guedes.
O 4 de Março de 1949 é uma data trágica do futebol mundial. O avião onde seguia a equipa do Grande Torino, um dos gigantes do futebol europeu e mundial, embate contra o muro da Basílica de Superga, ao tentar aterrar em Turim. Morrem trinta e uma pessoas: todo o plantel, equipa técnica, tripulação da aeronave e alguns jornalistas que acompanhavam a comitiva. Um acidente que chocou o mundo e em particular a Itália. O Torino dominava o campeonato, ia a caminho do quinto título consecutivo, e era também a base da seleção italiana. Tanto talento desperdiçado e uma fobia coletiva que levaria a que os azzurri viajassem para o Mundial de 50, no Brasil, numa longa e desgastante travessia de barco, que também se revelou desastrosa. Pormenor curioso. Faltavam quatro jornadas para terminar o campeonato e o Torino passou a alinhar com a equipa de formação, no que foi imitado pelos restantes clubes. O avião tinha partido de Lisboa, onde na véspera o Torino tinha vindo defrontar, em jogo amigável, o Benfica. Os Encarnados ganharam por 4-3. O jogo só aconteceu porque os dois capitães, Francisco Ferreira e Valentino Mazzola eram grandes amigos e gostavam de se picar mutuamente. Assim, se a relação entre os dois clubes não pode escapar à sombra dessa tragédia também é certo que vai muito além dela. É a história de uma amizade e é isso mesmo que se pretende homenagear no jogo de apresentação aos sócios.
O Torino aceitou o convite mas a equipa italiana ainda está apenas a arrancar com a preparação. Fez três jogos com adversários locais e de escalões muito inferiores: Olympic Morbegno (13-0), Casateserogoredo (11-0) e Renate (4-2). Na temporada passada o Torino terminou a Serie A na décima segunda posição, o que precipitou a saída de Ventura. Para comandar o banco foi escolhido o sérvio Sinisa Mihajlovic que tem como objetivo fazer melhor que o antecessor.
Onze Provável: Padelli – Moretti, Maksimovic, Jansson – Zappacosta, Baselli, Gazzi, Bruno Peres – Josef Martínez, Belotti.