Liga Espanhola – À beira de igualar o recorde de Pep Guardiola, o Barcelona de Gerardo Martino somou duas derrotas consecutivas. No meio da aparente calma que reina no clube catalão, apesar destes resultados, há quem clame por uma análise ao que de bem e de mal se tem feito desde a chegada do treinador argentino. Por muito que as mensagens do interior sejam pacíficas, é importante perceber que Barcelona vive uma experiência nova.
Perder em Amesterdão poderia ser só um sinal menor de alguma fadiga competitiva de uma equipa que já ganhou tudo e parece não sentir reais dificuldades para voltar a ganhar tudo uma vez mais. Mas regressar à Liga Espanhola para, em Bilbao, somar uma segunda derrota consecutiva, é razão para soar alarmes. Ambos os jogos foram disputados sem Leo Messi, que aparentemente não faria tanta falta quanto seria de esperar, mas em partidas onde o equilíbrio assumiu maior nota, é normal pensar que com o argentino em campo, o resultado poderia ser bem diferente. No jogo frente ao Athletic, o Barcelona não só perdeu o jogo, como fez apenas dois remates à baliza do adversário, tendo um tempo de posse de bola muito aproximado ao da equipa basca. Tudo isto demonstra bem que o Barcelona do tiki-taka já é mais uma memória do que uma realidade palpável.
A defensiva dos catalães é, hoje em dia, mais frágil do que no passado, ainda que continue a sofrer poucos golos. A pressão sobre o guarda-redes cresceu bastante nas últimas duas temporadas, com Victor Valdés a corresponder com um aumento da qualidade do seu trabalho. No entanto Valdés está lesionado e Pinto não oferece a mesma qualidade. Com Puyol em recuperação, Jordi Alba e Dani Alves lesionados, a equipa catalã tem que recorrer a Montoya e Adriano nas faixas, mantendo Mascherano como central, o que vai fazendo com que a equipa perca alguma da qualidade na saída de bola. Mais na frente, o ausente Messi é uma espécie de fantasma que vai assombrando uma equipa que conta com muito talento em jogadores como Neymar, Fabregas ou Alexis Sanchez, mas nenhum deles parece capaz de manter o mesmo alto nível por tanto tempo como o seu colega. Para piorar a situação, vai também ficando claro que Xavi e Iniesta terão que, muito em breve, tomar a decisão das suas vidas: para continuar a dar o máximo no clube, terão que abdicar, muito provavelmente, da seleção.
São estas as fragilidades que vão afetando o Barcelona num momento da temporada em que a equipa terá cinco encontros consecutivos, entre Taça do Rei, Liga dos Campeões e Liga Espanhola. A missão imediata deste grupo é chegar ao Natal sem mais desaires, de forma a poder manter a posição no topo da Liga BBVA e apostar, forte, no regresso na máxima forma em 2014.
A subir!
O Real Madrid não tem Cristiano Ronaldo, mas tem Gareth Bale, a somar um hat-trick na partida frente ao Valladolid. Cinco vitórias consecutivas depois de ter perdido em Camp Nou e o Real Madrid volta a depender apenas de si para ser campeão espanhol. Sobe a confiança no Santiago Bernabéu.
A descer!
O empate caseiro frente ao Rayo Vallecano foi a gota de água no copo de Pepe Mel, que acaba de sair do Bétis para ser substituído por Juan Carlos Garrido. O técnico bético foi traído pela fragilização do seu plantel e algumas lesões de jogadores chave neste início da temporada, não tendo sido capaz de inventar um plano alternativo para fazer com que a sua equipa se aguentasse em posição mais confortável. Garrido vai ter muito trabalho para devolver a alegria ao clube verde e branco.
Boas apostas!