A estreia da Eslováquia ficou aquém do esperado, já que perante o País de Gales, numa partida que poderia ser decisiva para as aspirações de ambos no que toca a avançar para o Euro 2016, saíram derrotados. A pressão cresceu para o conjunto de Jan Kozak, que viu os galeses marcarem primeiro, num livre de Gareth Bale, para depois de conseguir empatar acabar por ceder a vitória ao adversário. No entanto, com os jogadores que lançou do banco, Kozak poderá ter algumas respostas para aumentar a capacidade da sua equipa em termos ofensivos. Exploramos os três jogadores que foram chamados e que deixaram boas impressões com vista à titularidade no encontro frente à Rússia.

Duda festeja o golo eslovaco
Ondrej Duda foi uma das primeiras opções de Jan Kozak e ocupou a posição de Patrik Hrosovsky. Atuando com uma dinâmica mais ofensiva, o jovem jogador do Légia de Varsóvia esteve ligado aos melhores momentos da sua equipa, aparecendo muitas vezes em posição de distribuição do momento ofensivo. Duda fez apenas um remate, mas foi o homem que finalizou a jogada do golo eslovaco, reanimando as ambições de uma equipa que, no fim, acabaria por se ver derrotada. No entanto, e apesar de ser um jogador mais jovem, Duda deixou clara a sua capacidade para fazer a diferença numa zona fundamental do terreno e, perante uma Rússia mais desorganizada defensivamente, poderá encontrar espaços para voltar a ser um jogador decisivo. Dar o salto estará, sem dúvida, entre os objetivos deste jogador após o Euro 2016.
Sobre Adam Nemec já havíamos escrito aqui na antevisão à estreia da Eslováquia nesta competição. Entre ele e Michal Duris há um oceano de diferenças. Enquanto com Duris a equipa tem um jogador que se integra na pressão defensiva e atua mais solto na frente, Nemec tem entre as suas características ser um elemento mais de área. Ao entrar à passagem dos 60 minutos, Nemec beneficiou também da subida da sua equipa no terreno de jogo, mas demonstrou ser um elemento muito mais ativo na procura do remate, mesmo em posições longínquas da baliza, colocando alguma imprevisibilidade na partida. Jan Kozak terá assim que optar, para o seu próximo encontro, entre contar com um Duris que, mais rotativo, poderá ajudar a abrir espaços na linha defensiva russa ou beneficiar da capacidade física de Nemec para uma luta mais física e, eventualmente, mais desgastante para os veteranos centrais russos nos minutos iniciais.
Miroslav Stoch entrou para jogar apenas dez minutos, depois da sua seleção já ter sofrido o segundo golo. Stoch está habituado a ser uma espécie de substituto de ouro, porque foi muitas vezes utilizado como tal na fase de apuramento. Neste jogo, as coisas estavam já muito complicadas para os eslovacos, apanhados a perder ao minuto 81, e com o jogador que atua, hoje em dia, na Turquia, procurou ter frescura para um ataque final à área do País de Gales. Não havendo espaço, não pôde surgir a característica principal de Stoch, que é um jogador muito perigoso a partir do momento em que balança em direção à área, sempre a partir de um dos corredores. Assim, sem esse espaço, o jogador do Bursaspor tentou soltar-se dos defesas adversários, mas sem mexer o suficiente na partida. Frente à Rússia, com um contexto diferente, poderá ambicionar a, pelo menos, ter mais minutos para brilhar.