Arizona Cardinals – Baltimore Ravens (NFL)
A semana sete da temporada regular da NFL termina com a visita dos Ravens a Glendale. Um duelo potencialmente interessante. Os Arizona Cardinals são bons mas não tão bons quanto algumas margens de vitória podiam sugerir; os Baltimore Ravens são maus mas não tanto quanto o registo de cinco derrotas parece indicar.
Estamos quase atingir o meio da época e os Arizona Cardinals têm que assentar o seu jogo. Depois da entrada de leão nas três primeiras jornadas, com pontuações elevadas – 31 com New Orleans, 48 com Chicago e 47 frente a San Francisco – e grandes margens – vinte e cinco com os Bears e quarenta com os 49ers – a equipa de Bruce Arians sofreu duas derrotas nos últimos três jogos. Depois da euforia inicial comentadores e adeptos começaram a por tudo em causa, o que prova que uns e outros, no fundo, são tão pouco consistentes como a equipa. Sim, é verdade que o calendário dos Cardinals não tem sido dos mais difíceis e que as derrotas apareceram precisamente diante de coletivos que têm uma maior capacidade defensiva. Na receção a St. Louis (24-22) e em Pittsburgh (25-13) as coisas estiveram renhidas até ao fim e foram pormenores que ditaram os reveses para Arizona. A tendência natural é para dizer que quando sobre pressão os Cardinals cometeram erros, mas isso é uma verdade de La Palisse. O que seria estranho é que as interceções e perdas de bola acontecessem quando o adversário não está a conseguir criar dificuldades. Com isto não quero dizer que não é algo a identificar e corrigir, claro que o é. Com esta tremedeira – Arizona é a segunda equipa com mais turnovers, dez – a equipa pode até vencer a NFC Oeste, que lidera destacada, sendo a única equipa com registo positivo (4-2). Mas não se avança nos play-offs sem muita consistência, em todos os momentos do jogo. Só um ataque explosivo não chega.
A época dos Baltimore Ravens está a ser para esquecer. Ao fim da sexta jornada a equipa conta apenas um triunfo (1-5), que a isola no fundo da AFC Norte. Numa divisão em que os Cincinnati Bengals seguem imbatíveis (6-0) e os Pittsburgh Steelers (4-2) também se têm aguentado bastante bem, parece uma desvantagem demasiado grande para reverter e ainda conseguir fazer alguma coisa de significativo nesta época. Ainda assim, o calendário não foi meigo com Baltimore. Começar a temporada em Denver (19-13) e Oakland (37-33), regressando a casa para enfrentar Cincinnati (28-24), que está imparável, não ajudou em nada. O ponto fraco dos Ravens, aquilo que tem puxado a equipa para baixo é sem dúvida a defensiva, especificamente a secundária. As lesões explicam em parte mas não tudo. E o facto é que qualquer adversário com um quarterback capaz de lançar bolas longas e colocadas sabe que tem ali uma brecha a explorar. A preocupação principal para John Arbaugh é arranjar estratégias para complicar a vida a Carson Palmer, não lhe dar tempo para pensar e executar o jogo pelo ar.
Baltimore Ravens | Arizona Cardinals | casa | V 30-27 |
Baltimore Ravens | Arizona Cardinals | casa | V 26-23 |
Baltimore Ravens | Arizona Cardinals | fora | V 26-18 |
Baltimore Ravens | Arizona Cardinals | fora | V 13-7 |
Baltimore Ravens | Arizona Cardinals | casa | D 16-13 |
Os Ravens venceram quatro dos cinco confrontos com os Cardinals mas as duas equipas são muito diferentes daquelas que eram em 2011, ano em que se cruzaram pela última vez. De volta ao seu estádio, depois de sofrer um desaire e fazer uma exibição dececionante, Arizona vai querer retomar o percurso de vitórias. Mas vai ter que se manter concentrada até ao último quarto para isso.