O clássico terminou sem golos, numa partida onde foi o FC Porto quem beneficiou das melhores oportunidades para vencer. No entanto, Rui Patrício opôs-se de forma superior às situações de golo criadas, num jogo em que a tendência de domínio diferiu entre a primeira e a segunda parte. Sendo que o Benfica também não foi além de um empate na Madeira, o grande fim-de-semana da Liga NOS terminou como começou. Com os dragões na frente, o Sporting a dois pontos e o Benfica a cinco.
Três: a conta que o meio-campo de Sérgio Conceição fez
Depois de muito tempo a discutir a unidimensionalidade do plano de jogo da equipa de Sérgio Conceição e de um exemplo claro de como isso era um problema para as ambições da sua equipa – no jogo frente ao Besiktas a contar para a Liga dos Campeões -, o técnico do FC Porto começou a procurar soluções que lhe permitissem um maior equilíbrio no meio-campo.
A solução encontrada estava no fundo do plantel. Com Danilo Pereira a manter-se como o fiel da balança numa posição mais recuada e Herrera a oferecer mais soluções em termos defensivos do que Óliver Torres, é a entrada de Sérgio Oliveira para reforçar a zona intermediária que permite aos portistas maior equilíbrio e segurança nas transições.
Com estas opções e um Brahimi mais solto na busca de espaços interiores, Sérgio Conceição conseguiu fazer tremer o Sporting de Jorge Jesus. Uma primeira parte de intenso domínio da equipa portista poderia ter dado algum colorido ao marcador, mas o que realmente teve impacto no jogo foi a ausência de capacidade dos leões para criar oportunidades de golo.
O intervalo veio mudar a correlação de forças dentro de campo. O modelo de Sérgio Conceição é bastante exigente para os seus jogadores e em semana posterior a encontro na Liga dos Campeões, tanto o FC Porto como o Sporting viram os seus índices físicos e mentais diminuirem. Isso permitiu ao Sporting ter mais bola, sair melhor da pressão e começar a chegar a zonas mais adiantadas do terreno de jogo com a bola controlada.
No entanto, o Sporting terminou o encontro com apenas um remate enquadrado à baliza de Iker Casillas, o que diz muito bem das dificuldades que a equipa continuou a encontrar para fornecer bola ao seu ponta-de-lança. Uma das situações mais perigosas foi mesmo um remate de Bruno Fernandes, já dentro da área, a sair por cima da barra.
O empate acaba por ser um resultado feliz para o Sporting, mas é o FC Porto quem tem mais razões para sair satisfeito de Alvalade, visto ter somado um ponto e mantido a vantagem e o primeiro lugar.
Benfica marca passo na Madeira
O Benfica continua a não se encontrar com o seu melhor momento. Ontem, na Madeira, teve um golo de Jonas logo a abrir o jogo, mas não soube manter a vantagem de forma a somar os três pontos.
Um Marítimo muito bem organizado, a não deixar jogar o Benfica e a crescer na segunda parte, conseguiu o empate por intermédio de Ricardo Valente e ainda viu Éverton a desperdiçar uma grande oportunidade para somar a vitória.
Desta forma, o Benfica mantém-se em terceiro lugar na tabela, apenas com mais um ponto do que os madeirenses.