Na noite de terça-feira os dois treinadores portugueses ainda em competição foram a jogo e ambos disseram adeus à Liga Milionária. Paulo Fonseca reconheceu que o Shakhtar cometeu um erro e pagou por ele, a este nível é o que basta. Mas a saída de José Mourinho e do United foi feita com grande estrondo. Para sermos justos, provavelmente o Sevilla já tinha merecido vencer no Sánchez Pizjuán, o que até ficaria menos mal aos Red Devils e ao seu treinador.

Mourinho pode desvalorizar como quiser mas não deixa de ser mais uma deceção para o United e para ele em particular.
Mourinho desvaloriza eliminação
José Mourinho veio para a conferência de imprensa deixar mais uma página dispensável da sua biografia. Ele bem pode desvalorizar a eliminação, acrescentando que não é nada de novo para o clube porque ele próprio já o tinha empurrado para fora da competição duas vezes. Como se este resultado, depois de aguentar um nulo em Sevilha, não fosse altamente desolador para as ambições do grupo e as suas em particular. Mais, fala como se ele não tivesse nada a ver com o assunto. Bela forma de alienar mais uns quantos adeptos do Manchester United e perder mais um pouco da consideração do balneário. O treinador português pode ser bastante competente, não lhe retiro minimamente o mérito, mas é praticamente impossível ter admiração por ele.
Para sermos sinceros, o Manchester United já tinha merecido perder na visita ao Ramón Sánchez Pizjuán, não fora a noite milagrosa de David de Gea. Talvez tivesse sido melhor. Assim seria menos embaraçoso ser afastado em casa e, talvez, se viesse com uma derrota a equipa tinha mesmo que abordar a partida de outra maneira.
Big Ben faz história
O Sevilla veio a Old Trafford confiante de que conseguiria quebrar o enguiço dos oitavos de final e jogou de acordo. Ainda assim, as aproximações à área do United, mesmo uma ou outra penetração, não davam a sensação de perigo iminente. Faltava qualquer coisa. Do banco veio a arma letal que em dois minutos enterrou o United. Mas sejamos claros, Vincenzo Montella foi salvo por Bem Yedder, o jogador que o italiano insistiu em deixar no banco já na primeira mão. E, que nas duas vezes em que tocou a bola foi cirúrgico e objetivo, coisa que Luis Muriel, a aposta do treinador nos dois jogos, não conseguiu fazer nunca.
Sessenta anos depois, o Sevilla, o clube “Liga Europa”, chega aos quartos de final da Liga dos Campeões. Mais significativo ainda, consegue ultrapassar a barreira psicológica dos oitavos, onde esbarrou três vezes na última década.
Fonseca sai em alta

Dzeko aproveitou o erro adversário para colocar a AS Roma nos quartos de final da Liga Milionária.
Na noite de terça-feira também Paulo Fonseca disse adeus à Liga dos Campeões. Mas ao contrário do compatriota, o treinador do Shakhtar Donetsk sai em alta. O clube ucraniano já tinha sido obrigado a dar a volta ao resultado na primeira mão, depois dos italianos terem marcado primeiro. E na deslocação ao Estádio Olímpico de Roma a equipa entrou bem, a jogar bom futebol, e com uma linha defensiva bem adiantada no terreno, para minimizar a ameaça do conjunto liderado por Di Francesco. Mas no arranque da segunda parte o Shakhtar foi apanhado em contrapé e Edin Dzeko não desperdiçou a oportunidade. Mesmo assim, os ucranianos não deitaram a toalha ao chão. Mas a jogar com menos um desde o minuto setenta e nove, com a expulsão de Ordets, tornava-se praticamente impossível contrariar o favoritismo da Roma diante do seu público.
Boas Apostas!