Liga ZON Sagres – A primeira volta do campeonato português fechou com o clássico entre Benfica e FC Porto, tendo ficado claro que, num jogo que raramente foi bem jogado, o lado emocional acabou por ter um peso quase decisivo na atitude das equipas.
O Estádio da Luz cheio, fazendo uma homenagem a Eusébio, acabou por ser um impulso fundamental à vitória dos encarnados. Taticamente, a equipa organizou-se numa maior ocupação do terreno de jogo, conseguindo, com isso, controlar as subidas dos laterais adversários. Esse facto ajudou ao controlo do encontro, juntando-se o posicionamento de Lima e Rodrigo, que sobrecarregavam a zona central, deixando o FC Porto com dificuldades que nunca conseguiu resolver durante os 90 minutos. Os Dragões não apresentam qualquer novidade no seu onze, com Paulo Fonseca a manter-se fiel às suas escolhas, o que, não tendo dado grande resultado até este ponto da temporada, dificilmente poderiam resultar neste encontro.
O Benfica entrou decidido a marcar cedo e, com Gaitán e Markovic a surgirem muitas vezes entre linhas, os encarnados abriam espaços para que Lima ou Rodrigo conseguissem ter oportunidades para finalizar. O golo não demorou, tendo surgido aos 13 minutos, por Rodrigo, num lance que ilustrou bem o dito anteriormente. No resto da primeira parte, foram sempre os encarnados a controlar a situação, com o FC Porto a ter apenas uma oportunidade clara, num lance em que Jackson Martínez aproveitou o posicionamento em fora-de-jogo para atirar ao lado da baliza de Oblak.
Na segunda metade, o Benfica voltou a entrar mais forte e chegou ao segundo tento na marcação de um canto, depois de insistência em jogada interior dentro da área portista. Garay saltou sozinho, antecipando-se a Mangala e Hélton. O FC Porto tentou mexer na partida, lançando Ricardo Quaresma para o lugar de Licá e, apesar de um acréscimo de agressividade ofensiva, o internacional português deu claros sinais de estar muito longe da sua melhor forma. Quando Paulo Fonseca chamou Josué para o lugar de Lucho, já a equipa parecia não acreditar na possibilidade de levar pontos do Estádio da Luz.
A vitória do Benfica isola-o em primeiro lugar de um campeonato que promete bastante equilíbrio até ao fim. Apesar de ter afastado o seu principal rival, faltou ao Benfica uma inequívoca prova de superioridade, deixando no ar a imagem de uma equipa que apenas se conseguiu aproveitar das falhas do adversário. Com o Sporting entre os dois clubes, ainda que atravessar uma crise de golos, é mais do que certo de que os três grandes irão disputar o título taco-a-taco, sobretudo por nenhum deles ser capaz de se demonstrar mais forte do que os outros. Ou seja, há campeonato para a segunda volta.
A subir!
A vitória do SC Braga frente ao Vitória de Guimarães, por 3 a 0, devolve os bracarenses à luta por um lugar europeu. A equipa de Jesualdo Ferreira tem somado vitórias na Liga ZON Sagres, Taça de Portugal e Taça da Liga e, com as recentes mudanças no seu plantel, promete maior competitividade para o segundo turno da competição. Rusescu, uma das contratações de inverno, bisou nesta partida.
A descer!
O Belenenses perdeu em Arouca e, com o Olhanense a regressar às vitórias, tem agora os mesmos pontos que os algarvios, que estão abaixo da linha de água. O conjunto do Restelo não tem conseguido adaptar o seu estilo de jogo às exigências de uma competição que, nesta mudança de estação, tende a tornar-se mais forte. O Belenenses precisa, urgentemente, de encontrar forma de somar pontos para fugir à baixa posição.
Boas apostas!