Depois de uma estreia absolutamente fabulosa, onde a equipa de Antonio Conte baralhou grande parte das análises prévias feitas à seleção italiana, a mensagem interna passa por abordar o encontro perante a Suécia como um jogo para resolver, desde já, o apuramento. É este tipo de mentalidade que o treinador italiano tem vindo a impregnar numa equipa que, em muitas grandes competições, acabou por entrar demasiado convencida da sua superioridade histórica, do que preocupada em demonstrar em campo as suas qualidades. Ora, isso parece ter mudado. Agora, o conhecimento da história leva a que a Itália jogue, no campo, levada pelo seu melhor futebol.

Estudar Zlatan

Tendo jogado na Serie A durante sete temporadas, inclusive sendo colega de equipa de alguns dos jogadores que estão atualmente na seleção italiana, não haverá propriamente segredos que Ibrahimovic tenha guardado dos seus adversários desta segunda jornada. Mas isso não muda o trabalho pormenorizado de Antonio Conte, que promoveu uma série de visionamentos de vídeos da equipa sueca, sobretudo com o objetivo de neutralizar o seu líder em campo. À volta de Zlatan Ibrahimovic planeia a Itália estabelecer uma teia que o impeça de receber a bola ou, em alternativa, de a largar em condições para os colegas.

A importância de ter o trio defensivo da Juventus ao seu serviço empresta à seleção italiana um estilo que tende a poder ser trabalhado apenas em clube, não havendo tempo para que uma equipa nacional o prepare. Conte, antigo treinador da Juventus, beneficia duplamente destes fatores, apostando em manter esse quadro no onze que vai entrar em campo perante a Suécia. A única mudança provável é a entrada de De Sciglio para o lugar de Darmian, tentando desta maneira impedir que a equipa perda tantos duelos na faixa esquerda da sua defensiva, algo que Conte identificou logo no jogo com a Bélgica e foi lesto a modificar.

Dinâmica ofensiva a partir da defesa (ou o seu contrário?)

Pelle Itália

Pellè é trunfo ofensivo para os italianos

Pellè terminou o jogo perante a Bélgica com muitas dores, depois de um choque com um defesa belga, mas conseguiu recuperar e treinar normalmente com os seus colegas, o que garante a sua capacidade para se manter no onze de Conte perante a Suécia. A dupla constituída pelo avançado do Southampton e o italo-brasileiro Éder foi uma das melhores promessas da primeira jornada do Euro. Com Pellè a ser o elemento mais presente na área, servindo também como referência para os momentos em que surgiam passes em profundidade.

Já Éder, poderá ser considerado um avançado com missão dupla neste modelo de jogo, já que conjuga o apoio a Pellè com uma intensa atividade no equilíbrio defensivo da sua equipa. Recuando para tentar fechar as iniciativas adversárias, Éder acaba por ser peça fundamental na maneira como a equipa de Antonio Conte se arruma no terreno de jogo, revelando que nem só de golos marcados se fazem os avançados mais necessários nesta competição.

É desta completude que a equipa italiana beneficia para se diferenciar dos seus principais adversários. Um dos conjuntos que já começou a mostrar que o seu plano serve para enfrentar tanto as mais frágeis como as mais fortes equipas.

Boas Apostas!