Jornada magra, em golos marcados, na Liga NOS, que fica marcada pela escorregadela do Benfica, no seu estádio, perante o Vitória de Setúbal, deixando desde já apenas FC Porto e Sporting isolados no primeiro lugar, a uma semana de um clássico que levará a que, na melhor das oportunidades, apenas uma equipa siga imbatível no final da próxima jornada. Nota, também, para a grande vitória do Moreirense no terreno do Feirense, bem como para o empate do Braga, em casa, no encontro que fechou a jornada.
O rato e a ratoeira
Podemos bem definir os encontros entre grandes e equipas do meio da tabela a partir da metáfora do rato e da ratoeira. Na maior parte dos casos, a ratoeira é detida pela equipa grande, que mais tarde ou mais cedo acabará por apanhar o pequeno rato, por muito rebelde que este se possa mostrar. Noutras vezes, em muito menor número, acontece o contrário. O clube mais modesto chega a um grande estádio, arruma-se bem defensivamente e monta a sua ratoeira, não se baixando em excesso as suas linhas, dando a entender acabará por resolver as coisas, mas, acabando por marcar primeiro, transforma a metáfora e também a expetativa do encontro. Foi isto que aconteceu no domingo, com o Vitória de Setúbal, no Estádio da Luz.
O Benfica colocou-se a jeito, na forma como não está a conseguir gerir a ausência de Jonas. Sem o avançado brasileiro, não se pode esperar, pelo menos para já, que um outro jogador encarnado se transforme em Jonas. Melhor será, seguramente, procurar uma outra forma de fortalecer o seu ataque para enfrentar uma defensiva como a setubalense. O golo de Frederico Venâncio aumentou a pressão sobre o ataque que não marcava, tornando as coisas mais difíceis do que, na aparência, elas tinha começado por ser. Gonçalo Guedes conseguiu criar uma situação para ser marcado uma grande penalidade que Raúl Jimenez concretizou, mas um empate sabe a pouco para o Benfica, a jogar em sua casa. Desta vez, os encarnados foram o rato e acabaram por não conseguir ganhar.
Um golo, três pontos
Sporting e FC Porto voltaram a somar três pontos, com ambos a conseguirem a vitória apenas por um golo. Para os leões, no complicado Estádio da Mata Real, o golo surgiu por intermédio de Adrien Silva, à beira do intervalo, desbloqueando um encontro em que os leões foram, durante a maior parte do tempo, superiores. A equipa já teve Islam Slimiani no terreno, com o ponta-de-lança a demonstrar a habitual capacidade de luta entre os centrais adversários, mas a manter-se em branco na atual edição da Liga NOS.
Quem está inspirado para marcar é André Silva, que foi o autor do golo da vitória do FC Porto sobre o Estoril Praia. Houve sempre mais Dragões num encontro em que José Moreira foi uma barreira difícil de ultrapassar. No entanto, o minuto 84 voltou a demonstrar porque toda a gente fala de André Silva. O avançado apareceu bem a desviar dentro da área e vale pontos para os azuis e brancos.
Pepa apresenta assinatura
Depois de um empate na jornada inaugural, o Moreirense foi até ao terreno do Feirense para conseguir a vitória mais larga da segunda ronda. Pepa, a atuar perante o clube do qual foi afastado durante a época passada, aproveitou para a apresentar a sua assinatura, superando o adversário com uma vitória por 3-0. Roberto, Marcelo Oliveira e Francisco Geraldes foram os autores dos golos, mas o treinador sai por cima num jogo onde se percebeu como o futebol da equipa de Moreira de Cónegos pode mesmo vir a ser uma das boas surpresas que temos para acompanhar ao longa da presente época.
No encontro que fechou a jornada, o Braga foi salvo por um golo de Stojilikovic aos 90 minutos, depois do Rio Ave ter marcado por Pedro Moreira ainda na primeira parte. José Peseiro “salvou” assim um ponto, perante a equipa de Nuno Capucho que vai continuar à procura da primeira vitória da temporada.