O esforço de Garry Monk, treinador do Swansea City, em conseguir superar a pobre série de resultados do seu conjunto é um dos pontos mais falados dos jogos deste fim-de-semana, na Premier League.
O meio campo dos Spurs encantou
O médio belga de 28 anos do Tottenham, Mousa Dembélé, que andou desaparecido nos primeiros encontros do campeonato, voltou finalmente a comandar os meios campos da Premier League com poder, qualidade e agressividade que, infelizmente, tinha apenas vindo a mostrar em breves lances, até recentemente. O belga partiu para o derby do Norte de Londres, Arsenal-Tottenham, com três golos em três jogos, e de seguida, um imponente desempenho que foi reconhecido como o homem do jogo, em terreno do Arsenal, num meio campo onde Eric Dier e Dele Alli também foram esplêndidos, isto tudo numa semana impiedosa onde disputaram três jogos no espaço de seis dias. A continuar assim, isto poderá vir a resultar em graves lesões e “mergulhos” na tabela de classificação, no fim da temporada, algo que as equipas orientadas por Mauricio Pochettino tendem a sofrer. De resto, os Spurs estão no bom caminho a garantir um dos lugares no Top-5 da pauta classificativa.
Corajoso, Lingard encontra a baliza após recuperar da lesão

Lingard estreia-se a marcar após recuperar de uma grave lesão.
No jogo do Manchester United – West Bromwich, em Old Trafford, Jesse Lingard finalmente entrou na terra dos sonhos, ao apontar o seu primeiro golo a favor da equipa principal dos Red Devils. Este foi um dia especial para a carreira, e vida pessoal, do médio inglês que joga a favor do conjunto sediado em Old Trafford desde os 7 anos, deixando a sua família, que assistiam ao jogo de Sábado no estádio, orgulhos com o tento apontado pelo jogador de 22 anos. Lingard mostrou uma enorme coragem ao regressar da grave lesão que sofreu no joelho no jogo de abertura da última temporada, contra o Swansea City. Esta lesão, na altura, foi sofrida aos 24 minutos de jogo, que o afastou dos relvados até 14 de Fevereiro, altura em que foi emprestado ao Derby County. O médio inglês ambiciona conquistar um lugar regular na equipa e conseguir coerência nas suas performances. No entanto, para agarrar lugar, terá de afastar Memphis Depay, algo que tem conseguiu nos últimos dois jogos, e a frieza com que apontou o primeiro tento do jogo na baliza de Boaz Myhill, a 18 metros de distância, sugere que este jovem sente que pertence ao XI inicial dos Red Devils.
Shaqiri está a encontrar o ritmo de jogo
Seguindo a vitória por 1-0 sobre o Chelsea, no sábado, Mark Hughes, técnico do Stoke City, foi rápido a aceitar que este seu triunfo sobre o campeão em título não seria notícia principal nos jornais desportivos nem em notícias, algo que é inevitável quando o actual campeão em título perdeu pela sétima vez em apenas doze jogos da Liga. No entanto, para além disto, era impossível para Mark Hughes não reflectir sobre o desempenho de Xherdan Shaqiri, depois de este ter trocado por inúmeras vezes as voltas ao lateral esquerdo do Chelsea, Baba Rahman, e desempenhou um papel fundamental no golo da vitória dos anfitriões. Não restam dúvidas ao treinador do Stoke City quando diz que este foi o melhor desempenho do médio suíço ao serviço do Stoke, desde que chegou do Inter de Milão, em Agosto. “Foi importante que lhe déssemos a bola e encorajamos os rapazes a dar-lhe mais apoio, porque houve ocasiões que não lhe demos oportunidade para mostrar o que sabe fazer. No jogo, ele pediu a bola e mostrou-nos do que é capaz, está a ficar cada vez mais forte e tendo em conta que veio de outro país, é surpreendente a rapidez com que ele se está a habituar ao ritmo da Premier League”, disse Mark Hughes. O Stoke City é dos conjuntos mais fracos quanto a golos marcados, mas com este jogador de 24 anos a jogar na linha de ataque mais funda, juntamente com outros dois talentos criativos, Bojan e Marko Arnautovic, deverá ser mais emocionante assistir aos jogos do Stoke, esta temporada.
A confiança ainda é um factor a ser trabalhado no Liverpool
Jurgen Klopp teve o cuidado de salientar que o desapontamento não era dirigido aos adeptos do Liverpool que deixaram Anfield ao minuto 82, quando Scott Dan marcou o golo da vitória do Crystal Palace, no entanto, admite que a saída dos adeptos o deixara a sentir-se muito sozinho, e sublinhou que as suas tentativas de restaurar a crença nesta equipa ainda continuam a ser trabalhadas. O técnico alemão insistiu que o Liverpool tem o dever de garantir que os fãs continuam colados ao jogo até ao apito final, mas houve falta de convicção quanto ao seu jogo no início e no fim do da derrota de Domingo.
Hornets com pouca força ofensiva em Leicester

Odion Ighalo viu o seu jogo a ser constantemente dificultado pelo defesa Robert Huth
A derrota do Watford contra o Leicester City demonstrou que dominar a posse de bola não significada nada, se falham na finalização. A equipa orientada por Quique Flores criou uma excelente oportunidade de golo logo as 20 minutos, quando o remate de Odion Ighalo acertou na trave, mas o Leicester, na maior parte do tempo, conseguia conter as ameaças e o treinador dos Hornets não estava contente com a maneira como os seus jogadores usaram a bola no último terço do jogo. “Tivemos 60% de posse de bola, isso é bom, mas com estes estatísticas não vencemos, então precisamos de pensar sobre isto.” Disse Quique Flores, que também admitiu que precisa de mais convicção no seu ataque.
Amavi esteve uma maravilha, mas só no ataque
Se o primeiro XI inicial de Rémi Garde é um sinal das coisas que estão por vir, o quarteto da Ligue 1 que Tim Sherwood foi rápido a descartar, vão ter um grande papel a desempenhar na missão de sobrevivência do Aston Villa. Neste jogo, podemos ver outro francês pouco utilizado, Charles N’Zogbia, que não jogava já há 5 meses, por opção do antigo técnico Tim Sherwood. Veretout, fez a sua primeira aparição em mais de mês, impressionando no meio campo no jogo contra o Manchester City, e Idrissa Gana sempre bastante activo ao seu lado. Para Jordan Ayew, este não foi um jogo tão frutífero, que viu o seu trabalho ser cortado pelos centrais dos Citizens, Vincent Kompany e Nicolás Otamendi, no entanto, ultimamente têm havido alguns sinais promissores. Finalmente chegamos a Jordan Amavi, que se mostrou um lateral esquerdo que actuou de forma impressionante a levar a bola para a frente, mas que comete muitos erros defensivos. Foi uma alegria ver Amavi com a bola nos pés e a ser mais do que capaz de passar pelos seus oponentes, algo que fez mais do que uma vez no jogo contra o City. No entanto, é fácil de ver porque Tim Sherwood sentiu que a contratação do jovem francês ao Nice seria um risco muito grande sem a bola nos pés. O Manchester City rapidamente se apercebeu da existência de uma fraqueza a explorar no lado esquerdo do Aston Villa, e Jesus Navas, que substitui Bony aos 25 minutos, por lesão, tirou proveito do que conseguiu. Não significando que Amavi é um mau jogador, mas Rémi Garde tem definitivamente que melhorar o aspecto defensivo do lateral de 21 anos, ou todo o seu talento em levar a bola para a frente irá ser pouco relevante.
Jóia perdida da Argentina parece estar cá para ficar

Manuel Lanzini celebra o seu golo marcado ao Everton
Uma coisa é certa, Manuel Lanzini não voltará para o deserto, por ser muito jovem, muito talentoso, e por que o West Ham o quer no seu plantel. Em parte, porque eles sabem que todos o irão querer agora, e já corre a palavra que os Hammers se encontram em negociações com o clube dos Emirados Árabes Unidos, Al Jazira. Lanzini marcou o seu terceiro golo da Premier League contra o Everton, no sábado, produzindo uma finalização que foi tanto brilhante como espetacularmente executada. Talvez o jovem argentino possa ter sucesso ao ser ligado com Andy Carrol, bastante maior e praticamente o tipo de extremo oposto no que toca ao método e trajectória de atacar a bola.
King mostra vislumbre de esperança na queda do Bournemouth
O técnico do Bournemouth, Eddie Howe, ainda está provavelmente intrigado pela forma como a sua equipa não marcou contra o Newcastle, mas é um problema que precisa de solução, e rápido. Para todos os seus 20 remates à baliza, os Cherries desperdiçaram todas as oportunidades e não marcaram em qualquer um dos seus últimos 3 jogos. Preocupantemente, o Bournemouth marcou apenas 3 golos nos seus últimos 6 jogos disputados, desde que o seu “talismã” Callum Wilson se lesionou para o resto da temporada. Howe deixou o ex-atacante do Crystal Palace, Glenn Murray, fora da lista de convocados para este jogo, utilizando Joshua King, uma das 9 contratações de verão, como único ponta de lança. King ainda está à procura do seu primeiro golo na Premier League, após ter sido frustrado repetidamente pelo guarda-redes do Newcastle, Rob Elliot. ” Enquanto ele continuar a aparecer em posições de golo, vou sempre apoia-lo a ser mais eficiente”, disse Eddie Howe, que não desgostou da performance do jovem avançado. King ainda se pode vir a revelar uma solução a longo prazo, afinal, o avançado do Leicester City, Jamie Vardy passou 23 jogos sem encontrar o fundo da baliza, na última temporada.
Boas Apostas!