Esta terça-feira Portugal dá o pontapé de saída no Euro 2016 frente à estreante Islândia. Será a sétima participação da Equipa das Quinas num Europeu e nas anteriores conseguiu dois quartos de final, duas meias-finais e uma final. Deitamos o olho às primeiras impressões deixadas pela seleção portuguesa nessas edições. Curiosamente, só em 1984, o primeiro Euro em que participou, Portugal se estreou na competição a 14 de junho. Empate a zeros. O adversário? A RFA, à data campeã europeia e vice-campeã mundial.

A estreia (absoluta) a 14 de junho

Fernando Chalana era a figura emblemática da primeira seleção portuguesa a marcar presença num Europeu.

Fernando Chalana era a figura emblemática da primeira seleção portuguesa a marcar presença num Europeu.

Portugal começa a sua participação no Euro 2016 esta terça-feira, frente à debutante Islândia. Há precisamente trinta e dois anos também a seleção portuguesa fazia a estreia absoluta num Europeu de futebol, precisamente em terras gaulesas. O adversário desse primeiro jogo era “apenas” o então campeão europeu em título e vice-campeão do Mundial de 82, a RFA.

Para os mais novos, houve uma época em que tínhamos que lidar com duas Alemanhas. Esta era a Ocidental, República Federal Alemã, aqui fica o momento RTP Memória. Mas mesmo os mais jovens, se gostam de futebol, conhecem pelo menos os nomes de alguns dos que faziam parte desse plantel. Karl-Heinz Rummenigge era o líder incontestado de um onze onde alinhavam também Brigel, Andreas Brehme e Rudi Voller. A espinha dorsal de Portugal era a do FC Porto – João Pinto no lado direito da defesa e o trio do meio-campo, Sousa, Frasco e Jaime Pacheco – mas eram os apontamentos dos rivais de Lisboa que davam brilho. Na baliza impressionava um pequeno gigante, Bento de seu nome e o Benfica contribuía ainda com a magia de Chalana, que ia muito para além do bigode e cabeleira. O Sporting entrava com o ponta-de-lança de eleição: Rui Jordão. Os caloiros, já na altura a jogar em casa a julgar pelo apoio dos imigrantes, não bateram o pé à todo-poderosa RFA e o jogo terminou a zeros.

Foi na participação seguinte, em 96, que Portugal voltou a jogar a 14 de junho, mas não no jogo de estreia. Esse, com a Dinamarca (1-1) de Peter Schmeichel e dos irmãos Laudrup, aconteceu cinco dias antes. Há vinte anos a seleção nacional, então orientada por António Oliveira, enfrentou nessa data a Turquia de Fatih Terim – sim, o próprio – e foi Fernando Couto, qual avançado, a fazer o golo que valeu o triunfo. Portugal acabaria por cair nos quartos de final, pela mão de Karel Poborsky. As exibições do checo haveriam de lhe valer a contratação pelo Manchester United e dois anos mais tarde transferir-se-ia para a Luz onde fez as delícias de muitos adeptos Encarnados.

Arranques para todos os gostos

Até hoje, Portugal não voltou a subir ao relvado a 14 de junho num Europeu. Em 2000 a estreia foi feita a 12, com a Inglaterra (3-2). João Vieira Pinto, Luis Figo e Nuno Gomes marcaram pelas Quinas. Em 2004 arrancamos em véspera de S. António, com derrota premonitória frente à Grécia (1-2) e em 2008 vencemos a Turquia (2-0), a 7 de junho. Há quatro anos a seleção portuguesa deu o pontapé de saída em Lviv, tendo a Alemanha como adversário. Mario Gómez fez o único golo da partida. Apesar do desaire inicial Portugal só foi travado na meia-final, nos penáltis, pela Espanha. A mesma que na final vulgarizou a Itália (4-0).

Esta será a sétima presença de Portugal num Europeu. Nas anteriores – em 84 o Euro era a oito equipas, de 96 a 2012 a dezasseis – nunca deixou de passar a fase de grupos. Fez dois quartos de final, duas meias-finais e uma final. Zero títulos. Nunca perdeu a 14 de junho e nos jogos de estreia a igualdade (2V/ 2E/ 2D) será hoje quebrada.

Boas Apostas!