Premier League – Sim, isto é o que acontece numa semana normal no campeonato inglês. O líder foi goleado, o anterior líder empatou no terreno de uma equipa que havia goleado na primeira volta e o Chelsea, que insiste em não se assumir como candidato, está agora na frente da competição. Pelo meio, David Moyes voltou a deixar escapar uma vitória que parecia segura, agora nos descontos de tempo, e logo perante o último classificado. Surpresa não é sequer uma boa palavra para descrever esta série de acontecimentos. É mesmo uma semana normal, no campeonato mais improvável do mundo.

Nunca chegue atrasado a um encontro da Premier League, poderia ser o conselho a dar a qualquer pessoa que quisesse a assistir a um encontro da Liga Inglesa. Agora, se for o líder da prova, isso está mesmo proibido de acontecer ou veja-se o exemplo do Arsenal, que depois de 20 minutos de “ausência” em Anfield Road, só parece ter entrado em campo quando perdia por 0 a 4. Resultado, já não havia nada a fazer. É realmente complicado conseguir explicar como os Gunners abriram uma autêntica avenida entre o seu meio-campo e a sua defesa, depois de ter falhado em duas bolas paradas nos primeiros minutos do encontro. Nenhum treinador espera sofrer um golo no primeiro minuto, mas a reação do Arsenal só fez por piorar as coisas. E se há algo que o Liverpool parece agradecer aos seus adversários, é espaço oferecido, gratuitamente, para que os seus rápidos avançados possam explorar e escavar até chegar a um autêntico tesouro que os coloca a apenas quatro pontos do Manchester City.

Eden Hazard Chelsea

Eden Hazard esteve em grande

O principal beneficiado foi mesmo o Chelsea, que depois da fabulosa vitória da passada semana, no terreno do Manchester City, soube transpor o bom momento para a receção ao Newcastle. Desta partida fica marcada a fabulosa exibição de Eden Hazard, coroada com três golos. Independentemente daquilo que possa acontecer até ao final do campeonato, o belga vai dando passos seguros para se tornar num dos competidores ao reconhecimento entre os melhores jogadores do mundo. Com José Mourinho, o seu trabalho parece encontrar espaço para explodir, já que o rigor tático dos Blues tem como que o condão de fazer abrir os espaços para Hazard brilhar. O belga ainda não tem a equipa a jogar para si, talvez nem o venha a precisar – como um elemento mais de um conjunto que se vai afinando nas suas diferentes peças, Hazard merece o destaque por ser o desbloqueador do Chelsea nesta Premier League.

Tim Sherwood volta a fazê-lo

O Everton perdeu, nestas últimas semanas, em duas deslocações frente a adversários diretos, a oportunidade de se afirmar em crescimento em relação a temporadas passadas. Desta vez, no terreno do Tottenham, onde Tim Sherwood continua a aproveitar, apostando em modelos simples e oferecendo grande liberdade de expressão aos jogadores, para se ir imiscuindo na luta por um lugar na Liga dos Campeões.

O fim-de-semana foi negro para as equipas de Manchester. Se o City não foi além de um empate a zero no terreno do Norwich, perdendo assim a oportunidade de subir ao primeiro lugar, o United entrou a perder com o Fulham, último classificado, deu a volta e acabou por permitir o empate em cima do apito final do árbitro. David Moyes não pode queixar-se do azar. A sua equipa entra em campo sem crença alguma nas suas capacidades e, mesmo tendo tido situações para alargar a sua vantagem, a displicência com os seus jogadores o fizeram deixaram-no ao alcance do Fulham. Assim não dá.

Boas Apostas!