Na 11ª jornada da fase de qualificação sul-americana para o Mundial 2014, os quatro primeiros classificados – que conquistam entrada direta na competição – enfrentam quatro equipas que mantém esperança de se chegar à frente. Chile e Uruguai competem no que pode ser considerado o jogo da jornada.
Chile e Uruguai em busca da magia perdida
Falhada uma vitória que poderia garantir alguma tranquilidade ao grupo liderado por Óscar Tabárez, será num ambiente de ansiedade que a seleção celeste viaja até ao Chile. O seu adversário também vem de um resultado negativo – perdeu no Peru, na passada sexta-feira – fazendo com que ambos os conjuntos procurem um resultado que os possa relançar na caminhada para o Mundial. O Uruguai tem mais um ponto, não vencendo há cinco jogos nesta competição, enquanto o Chile vem de quatro derrotas consecutivas.
Enquanto a tarefa de Óscar Tábarez inclui pensar uma estratégia que tire partido dos seus melhores jogadores, algo que lhe tem escapado nas últimas partidas, tem como principal dever conseguir motivar um grupo depois de este ter conquistado grandes proezas no passado recente. A forma física de alguns atletas também deixa a desejar, com Maxi Pereira, Diego Pérez e Diego Forlán a parecerem um pouco aquém do que seria esperado.
Para Jorge Sampaoli, que só recentemente pegou na equipa, a tarefa tem outros contornos. É óbvio que lhe foi pedido a qualificação para o Mundial como objetivo primordial, mas para um técnico habituado a vencer ao nível de clubes, é evidente que o sucesso se constrói com tempo. Isso é algo que o treinador argentino ainda não teve. Para o jogo desta terça-feira irá faltar-lhe, também, Alexis Sánchez, suspenso devido a cartões amarelos. Esse condicionamento deixará a equipa chilena ainda mais fragilizada num encontro em que, com mais uma derrota, poderá ficar já a ver o Brasil longe demais.
A esperança venezuelana
A descida da Venezuela à realidade foi algo dolorosa, ao perder por 0-3 na Argentina. Na mesma semana, enfrenta outro adversário poderoso, a Colômbia, mas desta vez no seu país, o que oferece alguma esperança ao selecionado vinotinto. A força ofensiva dos colombianos será difícil de ser parada, mas César Farías conta com elementos experimentados no seu último reduto e espera que a equipa tenha aprendido algo com a derrota da passada sexta-feira.
Para a Colômbia, uma vitória poderá deixá-la ainda mais descansada num dos lugares do apuramento. José Pekerman tem um longo manancial de jogadores à sua disposição, uma geração que tem tudo para devolver os colombianos aos lugares de topo. Na Venezuela, deverá voltar a abordar o jogo com um forte pendor ofensivo, tal como fez na vitória por 5-0 frente à Bolívia. Radamel Falcao continua a ser figura de proa, tendo a companhia de Teófilo Gutierrez na frente, o que deixa Jackson Martínez no banco. Ainda assim, o dragão contará jogar alguns minutos nesta partida.
E ainda…
A Argentina viaja até à Bolívia, num jogo onde a altitude de La Paz volta a ser tema. Em dez jogos disputados em solo boliviano entre as duas seleções, a equipa da casa venceu por cinco vezes, um equilíbrio pouco normal, tendo em conta a diferença de valia entre as duas equipas. Para mais, na última visita, em 2009, a Argentina voltou com uma pesada derrota por 1-6. Num momento de vingança, os argentinos poderão deixar a Bolívia bem longe da possibilidade de jogar o Mundial no seu continente.
O Equador está entre as equipas que têm vantagem para a qualificação direta e recebe o Paraguai num jogo onde poderá confirmar esse estatuto. Os paraguaios ainda não tinham pontuado fora da casa e fizeram-no, na passada sexta-feita, no Uruguai. Já sem Cardozo, que regressou a Lisboa com uma lesão, e Melgarejo, que não chegou a jogar nenhuma partida, os paraguaios precisam de voltar a pontuar, no mínimo, para não verem os seus adversários ficarem já longe demais.
Boas apostas!