Liga dos Campeões/ Liga Europa – Decididos os quartos-de-final das duas competições europeias e já alinhados os encontros das meias-finais após o sorteio desta manhã, procuramos encontrar, para ambas as competições, os pontos positivos e negativos de cada candidato.

De notar que, na Liga dos Campeões, estão os dois vencedores do ano passado, Bayern de Munique em busca de repetir o feito e Chelsea, vindo da Liga Europa. Na segunda competição, o Benfica, finalista do ano passado, candidata-se a nova final, mas para tal terá que se superiorizar à Juventus, que tem como ambição jogar o encontro decisivo na sua cidade.

Os três melhores treinadores e o Real Madrid

Robben Bayern

Robben busca novo título europeu

Pode parecer injusto para Carlo Ancelotti, que venceu já duas Liga dos Campeões com o AC Milan, mas, do quarteto de semifinalistas da Liga dos Campeões, ele parece o elo mais fraco dos bancos. Isso terá ficado mais claro quando, perante o Borussia Dortmund, e sem poder contar com Cristiano Ronaldo, o Real Madrid quase desperdiçou uma vantagem de três golos. Agora, voltará a defrontar uma equipa alemã, para piorar, liderada por Pep Guardiola, um técnico que não sabe o que é perder. Se a força do Real Madrid poderá estar no jogador português, que se espera poder recuperar até lá, a fraqueza é a fragilidade tática, sobretudo ao nível do meio-campo e da defesa, não tendo, esta temporada, ainda conseguido bater nenhum dos rivais mais fortes que enfrentou.

Para o Bayern de Munique, perseguir a história é o objetivo, tentando vencer uma segunda Liga dos Campeões consecutivas. Os bávaros não estiveram muito bem frente ao Manchester United, o que se espera não esteja relacionado com o baixar da intensidade de uma equipa que já garantiu a conquista do título na Liga Alemã. A grande força do Bayern está na ligação entre o seu excelente treinador e os seus principais jogadores, que perceberam o objetivo da administração ao trazer o catalão para liderar o ataque à nova Liga dos Campeões. Do lado das fraquezas, o relaxamento de quem já ganhou tudo. Mas isso, não será uma verdadeira fraqueza, antes, uma nota de rodapé que o Bayern tentará ultrapassar.

Na outra meia-final, o Atlético de Madrid sonha com a história e, para a alcançar, terá que ultrapassar o Chelsea. Entre os colchoneros, e confirmando-se que Courtois poderá estar entre as opções, será o belga uma das suas grandes forças, junto com Diego Simeone e um Diego Costa que está em repouso para regressar em grande nestas meias-finais. Mas enfrentar o Chelsea é, também, enfrentar José Mourinho. O técnico português vive as meias-finais como quem está na sua própria sala e conta, também, com essa experiência como grande força dos Blues. As fraquezas estão no plantel dos ingleses, que não tem o mesmo tipo de craques maduros que os seus adversários.

Os favoritos e os espanhóis

Benfica Gaitán

Benfica tem grande desafio pela frente

Quis o sorteio que o Benfica tivesse que encontrar a Juventus nas meias-finais da Liga Europa. Certo que os italianos têm Pirlo a comandar Pogba, Tévez e Vidal, certo ainda que ambicionam jogar a final em sua casa, mas os encarnados parecem dispor de uma capacidade competitiva que está, neste momento, um degrau acima dos transalpinos. A grande força do Benfica está no seu estilo, que vem sendo aperfeiçoado ao longo dos últimos anos para viver um período assim: poder ganhar tudo e acabar, mesmo, por ganhar praticamente tudo. A sua fragilidade está no treinador que nem sempre é capaz de manter as suas ideias até ao fim da forma a defender os melhores interesses da sua equipa. Do lado da Juventus, a experiência de Pirlo no comando das tropas e o jogo decisivo em sua casa será uma força, mas o ter vindo a falhar na Europa nos últimos anos é, sem dúvida, um fator de stress: nesta meia-final, é a Juventus quem tem de provar alguma coisa.

Resta-nos, enfim, a meia-final espanhola, entre duas equipas com muitas qualidades, mas sem serem grandes equipas. O Sevilla está em melhor momento do que o seu adversário, tem como força uma muito maior consistência coletiva, mas, como fraqueza, a multiplicidade de objetivos pelos que corre neste fim de temporada – lembrar que o Sevilla ainda sonha com a qualificação para o playoff da Liga dos Campeões. Já o Valência poderá focar-se exclusivamente na Liga Europa, será essa a sua força, mas a fragilidade do plantel e a imprevisibilidade do conjunto (perdeu 0 a 3 em Basileia e venceu 5 a 0 em Valência, percebem?) são fraquezas que Juan Antonio Pizzi terá que saber cobrir.

Boas Apostas!