Apuramento Europeu – A Rússia está a fazer uma caminhada perfeita para o Mundial, ainda que só tenha disputado quatro partidas, enquanto Portugal tropeçou frente a Israel e Irlanda do Norte, deixando escapar praticamente todas as hipóteses de terminar em primeiro lugar do Grupo F. Agora, recebendo a Rússia, está em causa o segundo lugar (e a capacidade para ser um dos segundos a ter hipótese de jogar o playoff). Ganhar parece, mesmo, ser a única solução.

Pode Paulo Bento surpreender?

Chegados a um momento em que não existem grandes escapatórias para se chegar ao Mundial, é tempo de perceber se Paulo Bento poderá surpreender, dando uma nova vida a uma seleção que o técnico tem tentado gerir, apesar de uma clara crise de soluções. Para começar, com a ausência de Pepe, castigado, há uma troca obrigatória a fazer. Luís Neto parece ser a solução, fazendo par com Bruno Alves, seu colega no Zenit. O poveiro tem feito uma evolução longe de Portugal, passando pelo Siena a caminho da Rússia, não tendo convencido no teste frente ao Equador. Ainda assim, parecerá solução mais fiável do que Ricardo Costa, jogador que teve uma temporada algo inconstante no Valência.

André Martins Portugal

Poderá André Martins ser titular?

O meio-campo será a zona do terreno onde mais dúvidas estão lançadas. O trio Miguel Veloso, Raul Meireles e João Moutinho nem sempre demonstrou o vigor necessário para as necessidades de uma equipa que precisa, nesta zona do terreno, ter uma maior agressividade defensiva, assegurar a ligação defesa/ataque e, ainda, pedir criatividade e condução de bola. Nas possíveis alterações, entram os nomes de Custódio e André Martins. O jogador do SC Braga poderia dar uma maior segurança no capítulo defensivo, ainda que Portugal perdesse a capacidade de passe de Veloso. Com João Moutinho seguro na titularidade, Raul Meireles, com problemas disciplinares na Turquia, poderia abrir a porta a André Martins, jogador que poderia trazer a criatividade necessária, mesmo perdendo em físico para Meireles.

Cristiano Ronaldo

Queremos CR7 a sorrir, frente à Rússia

Na frente de ataque, Cristiano Ronaldo continuará a ser a peça central do jogo português, comece na faixa ou mais enquadrado no centro. Se Nani estiver bem fisicamente será, certamente, titular, com Hélder Postiga a tentar manter o seu lugar na frente, tentando fazer jus ao número de golos marcados na Liga Espanhola – 14 – apesar da descida do Saragoça e da sua habitual displicência no momento de marcar. Para os russos, um empate será já um excelente resultado, tendo em conta a situação do grupo. Daí que deverão apresentar as linhas mais recuadas do que é habitual. Assim, aos portugueses, caberá a iniciativa do jogo e muita atenção à velocidade de Dzagoev nas transições. Porque sofrendo um golo dos russos, toda a estratégia ( e o objetivo Mundial) poderá ir por água abaixo.

Os restantes grupos

Grupo A – Os líderes Croácia e Bélgica jogam em casa, frente a Escócia e Sérvia. A luta irá continuar, ombro a ombro, até que ambos se reencontrem em outubro.

Grupo B – A Itália joga na Rep. Checa, equipa que tem vindo a recuperar e pode, mesmo, alcançar a segunda posição, caso vença os transalpinos. Para a Squadra Azzurra, a vitória significará uma fase de qualificação sossegada.

Grupo C – A Áustria recebe a Suécia, num jogo que pode ser muito importante para encontrar o segundo classificado do grupo. Os austríacos mantém esperanças, mas precisam de o comprovar, vencendo. A Rep. Irlanda terá uma missão fácil, ao receber as Ilhas Faroe, para se manter, também, nessa corrida.

Grupo E – O grupo mais equilibrado, onde tudo pode ainda acontecer. A Suíça, em primeiro, recebe o Chipre, procurando a vitória para manter a posição. A Albânia está em segundo lugar, recebendo a Noruega, que está apenas a dois pontos. Pelo meio, a Islândia, que recebe a Eslovénia (grande desilusão do grupo) e poderá dar o salto, caso garanta a vitória, ultrapassando os albaneses.

Grupo G – A Bósnia Herzegovina passou para o primeiro lugar, viajando agora até à Letónia, onde procura a vitória para manter o posto. A Grécia vai à Lituânia, não podendo voltar a escorregar, até porque a Eslováquia, que joga no Liechtenstein, também está por perto.

Grupo H – O Montenegro tem uma vantagem de dois pontos sobre a Inglaterra – que não jogará -, podendo aumentá-la na receção à Ucrânia. Para ucranianos e polacos (que viajam até à Moldávia), esta é uma jornada decisiva para manter vivas as parcas esperanças em alcançar um dos lugares do topo.

Grupo I – A Finlândia recebe a Bielorrússia, num jogo sem relevância para a disputa do grupo, onde Espanha e França parecem ter as posições já demarcadas.

Boas apostas!