Seleções – Cristiano Ronaldo voltou a acontecer. Portugal está no lote das 32 equipas que disputarão o Mundial 2014 no Brasil e deve-o, quase por inteiro, aquele que é, neste momento, o melhor jogador de futebol do mundo. Frente à Suécia, Cristiano Ronaldo foi sempre a imagem do controlo da situação, a voz da motivação para procurar o golo, o grito de reação perante os momentos mais complicados do jogo.
Em Estocolmo, Portugal encontrou o seu cenário preferido para jogar futebol. Mesmo que a Suécia não tenha, a início, entrado demasiado balanceada no ataque, consciente do que lhe poderia acontecer caso o fizesse, Portugal soube sempre manter-se bem organizada defensivamente. Aliás, com William Carvalho disponível, nos últimos 20 minutos, viu-se ainda melhor como os portugueses podem arrumar o seu meio-campo em situações de maior aflição.
Mas onde Portugal se torna realmente imparável é na busca de espaços entre linhas adversárias. Se a equipa portuguesa sempre beneficiou de bons extremos, com Cristiano Ronaldo tem muito mais do que isso. Um atleta que atinge uma alta velocidade para escapar do defesa e consegue, ainda assim, recentrar-se e escolher o melhor remate para fazer golo. Parece fácil, feito por ele, mas não é, garanto-vos.
Agora, para o Brasil, resta aos portugueses esperar por um sorteio onde as dificuldades sejam elevadas, algo que nem sempre é fácil de conseguir num Mundial. O fator concentração parece ser mesmo mais do que essencial para conseguir que Portugal atue em conformidade com o seu mais alto potencial, precisando de adversários de valia elevada para o acionar.
No resto da Europa
A França teve o trabalho mais complicado nesta eliminatória, já que depois de perder por 0 a 2 na Ucrânia, teve que se aplicar para virar o resultado. Os franceses foram sempre superiores neste encontro da segunda mão, superiorizando-se facilmente a uma Ucrânia que se dedicou, exclusivamente, a defender, não conseguindo nunca explorar o seu contra-ataque.
Já a Grécia confirmou o resultado alcançado em casa, com Mitroglou a marcar uma vez mais para deixar os gregos totalmente descansados com a eliminatória. A Roménia ainda conseguiu chegar ao empate, mas já tudo estava perdido para a sua seleção. Restará agora saber se Victor Piturca cumprirá a promessa de se isolar num Mosteiro nos próximos três meses.
Última palavra para a Croácia, que também não teve dificuldades para bater a Islândia, mesmo contando apenas com dez elementos a partir do final da primeira parte, quando Mandzukic foi expulso. Os islandeses demonstraram ser demasiado frágeis para estar neste playoff, tendo sido a única equipa a não conseguir marcar qualquer golo nos 180 minutos jogados.
Que grupo nos espera?
Tendo em conta os rankings da FIFA, o sorteio do próximo dia 6 de dezembro colocará Portugal no segundo pote. Os cabeças-de-série serão o Brasil, a Espanha, a Alemanha, a Argentina, a Colômbia, a Bélgica, a Suíça e o Uruguai. Da mesma forma, os portugueses poderão evitar, desde já, as restantes seleções que estarão no pote 2, como são os casos da Holanda, Itália, Inglaterra, Grécia, Bósnia, Croácia e Rússia. Assim sendo, começa a fazer diferença que tipo de equipas calharão em sorte aos portugueses saídas dos potes seguintes.
No terceiro, a França é o adversário mais cotado, mas que só estará no grupo português se o cabeça-de-série não for europeu (não haverão mais de duas equipas de cada Confederação em cada grupo. De resto, Chile, Equador, Nigéria, Camarões, Costa do Marfim, Argélia e Gana são as restantes hipóteses. No último grupo estarão as seleções do Japão, Austrália, Irão, Coreia do Sul, Costa Rica, Estados Unidos, México e Honduras, o que poderá também oferecer um adversário de qualidade. Uma coisa parece certa, neste Mundial. Não existem equipas que prometam só facilidades.
Boas apostas!