Novak Djokovic – Roger Federer (ATP – Wimbledon)
As meias-finais provaram que o sangue novo, apesar da clara evolução, ainda não está em condições de superar os consagrados. A final de 2014, no All England Club, coloca frente a frente dois monstro do ténis mundial e promete ser memorável. Novak Djokovic é número dois mundial e pode sair de Wimbledom no topo do ranking, caso saia vencedor. Se a vitória sorrir a Roger Federer, o suíço será o primeiro homem a sagrar-se oito vezes campeão na relva do Major britânico. Entre os dois têm vinte e três títulos em torneios do Grand Slam. Qual dos dois vai aumentar a sua conta?
O primeiro cabeça de série, Novak Djokovic, entra em court com os olhos postos na hipótese de levar o segundo troféu de Wimbledon para casa. O sérvio conquistou o título em 2011, em cuja final teve pela frente Rafael Nadal. Se bater Federer, Djokovic amealha o seu sétimo Grand Slam e regressa ao topo do Emirates ATP Rankings. Foi quatro vezes vencedor do Open da Austrália (2008, 2011, 2012, 2013), uma em Inglaterra e outra em Roland Garros (2011).
A semifinal não foi nenhum passeio para o número dois do mundo. Nole teve uma prestação de altos e baixos, que deixou o seu parceiro, Boris Becker, à beira de um ataque de nervos. O alemão chamou-lhe uma “exibição montanha-russa”. Mas também disse que “nem sempre tem que se jogar perfeito, o importante é jogar bem nos momentos decisivos”, e isso Novak fez (6-4, 3-6, 7-6, 7-6). Depois de vencer o primeiro parcial com alguma naturalidade, tirando partido dos muitos erros não forçados de Grigor Dimitrov, o sérvio relaxou e deixou-se surpreender pelo adversário. O búlgaro garantiu cinco jogos de seguida para vencer o segundo set. Mas nos dois seguintes fraquejou quando era essencial manter-se na luta, nos tie-breaks.
Roger Federer tem dezassete títulos em torneios do Grand Slam – quatro em Melbourn, um em Paris, cinco nos EUA e sete em Inglaterra. Só Nadal se lhe pode comparar, com catorze. Em 2012, ao vencer Andy Murray na final de Wimbledon, igualou o recorde de Pete Sampras e William Renshaw. Agora o suíço pode-se tornar o primeiro de sempre a acumular oito vitórias na relva histórica do All England Club. Federer está bem ciente que esta pode ser a última oportunidade para ir um bocadinho mais longe na história do ténis. Como o próprio reconheceu, já não terá mais dez anos para tentar a sua vitória, mais vale aproveitar esta final. Há dois anos que não estava nesta situação, a discutir um Major na derradeira partida. Desde a sua última vitória em território britânico, precisamente. Há um ano Roger Federer estava em declínio. Já tinha passado os trinta, tinha problemas nas costas e começou a ser afastado dos grandes torneios antes dos quartos-de-final. Por fim, foi eliminado no torneio onde era rei à segunda ronda por um adversário que nem no Top-100 estava. Hoje ele está “in the zone”. Prestes a completar trinta e três anos, Roger pode também tornar-se o tenista mais velho a triunfar em Wimbledon.
A época tem-lhe corrido muito bem, ao contrário da anterior, que foi para esquecer. Conquistou o torneio do Dubai e consagrou-se mais uma vez em Halle. Foi finalista em Brisbane, Indian Wells e Monte Carlo, superado por Lleyton Hewitt, Novak Djokovic e Stanislas Wawrinka, respetivamente. Foi afastado do Open da Austrália nas meias-finais, por Nadal.
Novak Djokovic e Roger Federer já se defrontaram trinta e cinco vezes, um número impressionante. Para já o suíço leva vantagem, mas apenas por um. Só este ano já se cruzaram em três ocasiões. Primeiro no Dubai (3-6, 6-3, 6-2), onde Federer seguiu em frente para se sagrar campeão. Na final de Indian Wells deu-se o resultado inverso, com o sérvio a superiorizar-se pelos parciais de 3-6, 6-3 e 7-6. O encontro mais recente foi na terra batida de Monte Carlo, Federer vencendo por 2 a 0 um Djokovic com limitações no pulso.
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