Ainda que a sua realidade política a faça confundir, muitas vezes, com apenas mais um estado dos Estados Unidos da América, a verdade é que Porto Rico tem um longo historial desportivo ligado a duas modalidades bem americanas, o basebol e o basquetebol. As principais qualidades desta seleção estão, na verdade, ligadas à NBA, onde JJ Barea, Carlos Arroyo e Renaldo Balkman fizeram carreira. Será deste trio de jogadores que se esperará maior qualidade neste Mundial, notando-se que o talento dos dois bases poderá ser suficiente para colocar Porto Rico na luta por um lugar nos oitavos-de-final da prova.

Renaldo Balkman Porto Rico

The Renaldo Balkman Show!

Com a entrada de Carlos Arroyo, que não esteve presente no Centrobasket 2014, onde os porto-riquenhos ficaram em segundo lugar, JJ Barea deverá fixar-se como segundo base. Ambos são jogadores com um elevado nível de controlo de bola e muita perspicácia para encontrar o melhor lançamento. Arroyo arrisca-se mais por entra as linhas defensivas adversárias, enquanto o “baixinho” Barea faz as delícias pela velocidade do seu jogo. Renaldo Balkman será pau para toda a obra no jogo interior. Mesmo que a sua posição natural possa ser a de 3, Balkman está habituado a fazer o sacrifício pela sua seleção. Ricardo Sanchez e o veteraníssimo Daniel Santiago marcarão com o seu físico a presença debaixo do cesto, apesar de não terem as qualidades necessárias para jogar a tão alto nível, enquanto John Holland esperará conseguir demonstrar na seleção as qualidades que o têm destacado na Europa.

As responsabilidades não pesam sobre a equipa de Porto Rico que, com as suas estrelas ao melhor nível, poderá apresentar ambições neste campeonato.

História

Presença regular em Mundiais e Jogos Olímpicos, a seleção de Porto Rico tem o seu momento de glória em 1989, quando bateu os Estados Unidos na final do Torneio das Américas da FIBA. A seleção norte-americana apresentava uma série de jovens que viriam a fazer parte da história da NBA, como Doug Smith, Gary Payton ou Christian Laettner, e os porto-riquenhos recordam esse dia como o de maior alcance na sua história. De resto, oito vitórias no Centrobasket demonstram bem como esta seleção é uma potência regional.

Figura

barea-arroyo porto rico

Barea e Arroyo, perigo à solta

É difícil separar Carlos Arroyo e JJ Barea, visto que até no FIBA Americas do ano passado, onde conseguiram o apuramento para este Mundial, os dois jogadores apresentaram médias de pontos e assistências quase iguais. Carlos Arroyo encontrou na Europa um espaço para desenvolver o seu jogo e continuar a ser figura de proa, depois de passar pela NBA. JJ Barea foi figura instrumental na conquista de um título, com os Dallas Mavericks, e vive na maior liga do mundo como um jogador que consegue empurrar as suas equipas para resultados inesperados. Juntos, tornam Porto Rico uma ameaça que deverá ser respeitada, podendo assegurar uma média acima dos 30 pontos por jogo.

Adversários

Surgindo como a menos favorita dos candidatos a passar e a mais forte das equipas mais fracas do Grupo B, Porto Rico tem os ingredientes necessários para ser ou a surpresa ou a desilusão da prova. No seu cinco inicial apresenta argumentos para ser uma equipa de alto nível. Ainda que sofra na rotação, Porto Rico poderá ambicionar uma presença nos oitavos-de-final onde o previsível encontro com a seleção da casa será barreira demasiado alta para ser ultrapassada.