História
Na década de 60 a União Soviética conseguiu reunir um leque fortíssimo de jogadores que tinha no guarda-redes Lev Yashin a sua maior estrela. Contava também com outros craques como Igor Netto e Viktor Ponedelnik, avançado que marcou o golo que deu o título europeu aos soviéticos em 1960, na vitoria por 2-1 frente à Jugoslávia, na primeira edição do Campeonato da Europa.
Quatro anos mais tarde, a URSS não conseguiu revalidar o titulo europeu depois de derrotada pelos anfitriões espanhóis na final, por 2-1, em Madrid. Depois do 4º lugar em 68, os soviéticos voltaram a uma final em 1972 na Bélgica, mas voltariam a ser derrotados na final frente à Republica Federal da Alemanha por 3-0. Depois de 16 anos de ausência, a União Soviética volta a um Campeonato da Europa, e é mais uma vez derrotado na final, 2-0, desta feita frente à Holanda de Marco Van Basten. A partir de 1992, quando participa no Europeu já com a bandeira da Confederação de Estados Independentes, os resultados da Rússia começam a mudar, somando apenas uma vitória em nove jogos nas fases finais de 1992, 1996 e 2004.
Em 2008 na Suíça e na Áustria, a Rússia voltou a juntar um grupo forte, comandado pelo holandês Guus Hiddink que colocou de novo os russos a praticar um futebol agradável, tendo chegado novamente a uma meia-final, perdendo para a Espanha por 3-0, equipa que acabaria por se sagrar campeã europeia.
Em 2012, a Rússia quer surpreender e vencer o seu segundo título do Velho Continente.
Como chegou ao Euro
De novo sob o comando de um técnico holandês, Dick Advocaat, a selecção russa conseguiu algo inédito: vencer o seu grupo de apuramento. E até nem entrou com o pé direito na fase de qualificação tendo perdido no primeiro jogo em casa ,por 1-0 frente à Eslováquia. A verdade é que a partir daí não mais perdeu, acabando o grupo B à frente da República da Irlanda, com 23 pontos. Com uma defesa sólida, a Rússia sofreu apenas 4 golos nos 10 jogos de qualificação, suplantada apenas pela Itália que “encaixou” somente 2 tentos na fase de apuramento.
Até onde podem chegar no Euro
Não é fácil prever até onde pode chegar a formação russa. São a equipa mais forte do grupo A e acreditamos que vão passar à próxima fase sem derrotas. Mas depois tudo se complica porque o cruzamento dos grupos pode ditar que defronte um colosso europeu. Ainda assim, esta selecção russa tem capacidades para abater qualquer adversário. Apontar às meias finais, tal como em 2008, não será totalmente disparatado.
Treinador
Dick Advocaat – O experiente treinador holandês é o homem certo para ocupar um lugar de tanta responsabilidade. A Rússia é a natural herdeira dos triunfos alcançados pela URSS mas, desde a mudança, só em 2008 os russos deram um ar da sua graça chegando às meias-finais do Europeu.
Depois do bom trabalho realizado pelo compatriota Guus Hiddink, Advocaat chega aos comandos da Rússia depois de ter levado o PSV ao título holandês, o Glasgow Rangers ao título escocês por duas vezes e o Zenit ao título russo ao qual juntou uma Taça UEFA e uma Supertaça Europeia também ao serviço do clube russo.
Advoccat é um homem que se entregou às selecções e conhece bem a maneira de trabalhar destes jogadores que, praticamente, todos jogam na sua terra natal. Se a Rússia é a nosso ver candidata ao título em muito se deve às qualidades do seu treinador. Veremos se conseguem ultrapassar as expectativas iniciais para se tornarem, de novo, os donos da Europa do futebol.
Prováveis convocados
Onze provável
Guarda-Redes – Akinfeev
Defesas – Anyukov, V. Berezutskiy, Ignashevich, Zhirkov
Médios – Arshavin, Dzagoev, Semshov, Bilyaletdinov
Avançados – Pavlyuchenko e Pogrebnyak
Estrelas
Numa equipa com a disciplina soviética bem implementada na zona recuada, Advocaat preocupou-se unicamente em colocar a sua marca pessoal do meio-campo para a frente, com a Rússia a ter um jogo muito vertical e objectivo, características óbvias do futebol holandês. Num conjunto onde o colectivo faz a força, a técnica e inteligência de Andrey Arshavin (Zenit) fazem a diferença e facilitam a vida a avançados como Roman Pavlyuchenko (Lokomotiv) e Pavel Pogrebnyak (Fulham). Estes dois jogadores juntos marcaram 6 dos 17 golos da Rússia na fase de qualificação. Regressar ao “seu” Zenit foi o melhor que podia ter acontecido a Arshavin. Sem espaço no Arsenal, a estrela russa parece ter recuperado a alegria de jogar. Jogador muito completo, a quem só falta jogar de cabeça, é capaz de fazer golos impossíveis. Arshavin está de regresso…cuidado com ele!
Equipamentos
Fase de Grupos
08/06 – 19:45 Rússia – República Checa
12/06 – 19:45 Polónia – Rússia
16/06 – 19:45 Grécia – Rússia
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Boas Apostas!