História

Com 100% de presenças em Europeus desde a desintegração da Checoslováquia em 1993, a Republica Checa soma em 2012 a sua 5ª qualificação consecutiva para o Euro, depois de ter estado em 1996, 2000, 2004 e 2008. Mas comecemos pela década de 70, quando a Checoslováquia levou para Praga o troféu de campeão europeu, numa final frente à Republica Federal Alemã, ganha graças ao histórico penálti de Panenka. Os checos venceram por 5-3, nas grandes penalidades, no torneio organizado pela Jugoslávia em 1976.

Cerca de 16 anos depois, e na primeira aparição em Europeus como República Checa, esta seleção não podia desejar melhor reentrada no panorama futebolístico. Com uma selecção recheada de talentos desconhecidos como Karel Poborsky, Patrick Berger, Petr Kouba, Vladimir Smicer ou Pavel Nedved, a República Checa surpreendeu tudo e todos, chegando à final após eliminar Portugal e França, sucumbindo apenas aos pés da Alemanha através de um golo de ouro de Olivier Bierhoff. Até ao Euro 2004 os checos andaram um pouco desaparecidos e, na competição realizada em Portugal, conseguiram passar da fase de grupos, tendo sido eliminados pela Grécia nas meias-finais, depois de prolongamento.

Como chegou ao Euro

Inserida no Grupo I de apuramento juntamente com a campeã da Europa e do Mundo Espanha, a tarefa da República Checa adivinhava-se bastante difícil. Assim foi. Os checos ficaram na segunda posição que dava acesso ao play-off, não se livrando no entanto de alguns calafrios, principalmente frente à Escócia, selecção que ficou a apenas 2 pontos dos comandados de Michal Bilek. No play-off, a República Checa ultrapassou os estreantes de Montenegro, com um total de 3-0 nas duas mãos, carimbando dessa forma o passaporte para o Ucrânia e Polónia.

Até onde podem chegar no Euro

Esta é uma das grandes incógnitas deste europeu. Por um lado são uma equipa experiente que nunca falhou uma fase final, com jogadores experientes e competentes. Porém não são um grupo do qual se esperem maravilhas e dependem muito das individualidades. Tal como a Grécia, vão fazer tudo para se apurar para a fase seguinte. Para tal terão de vencer a Polónia e a Grécia, tarefa que nos parece difícil. Ainda assim a experiência de determinadas individualidades pode fazer a diferença. Ou a Rep. Checa ou a Grécia vão seguir em frente, dependerá da partida entre ambos.

Treinador

Michal Bilek – O agora treinador checo foi, em tempos, um médio talentoso e especialista na marcação de livres e grandes penalidades, Bílek passou por quatro vezes pelo Sparta de Praga, onde viveu o período mais memorável entre 1986 e 1990, quando venceu três campeonatos e duas Taças da antiga Checoslováquia. Marcou presença no Campeonato do Mundo de 1990 depois de ter sido eleito Jogador do Ano da Checoslováquia e disputou cinco encontros a defesa-direito e ajudou os checos a alcançarem os quartos-de-final da prova.

Teve um início complicado como treinador, que incluiu uma passagem pela Costa Rica, mas conseguiu afirmar-se no escalão principal do seu país e foi nomeado treinador do Sparta em Setembro de 2006. Conquistou a “dobradinha” na primeira época, mas não evitou a demissão em Maio de 2008. Foi promovido em Outubro de 2009 a seleccionador checo, quando Hašek voltou a ocupar em exclusivo o cargo de presidente da Federação. Conduziu os checos ao Euro 2012, depois de ter batido o Montenegro no “play-off” e neste europeu é um técnico sem pressão pois já há algum tempo que desistiu de ser candidata ao título.

Prováveis convocados

equipa república checa

Onze provável

Guarda-Redes – Cech
Defesas –Pospech, Sivok, Hubník, Kadlek
Médios – Pilar, Hubschman, Plasil, Rosicky
Avançados – Necid e Baros

Estrelas

Num conjunto onde se destacam nomes consagrados como o guardião Petr Cech (Chelsea), o médio Tomas Rosicky (Arsenal) e o ponta-de-lança Milan Baros (Galatasaray), a República Checa aparece renovada em todos os sectores, estando na linha da frente desta nova “fornada” a dupla atacante do FC Viktoria Plzen, Vaclav Pilar e Petr Jiracek.

No sector defensivo os checos contam com Michal Kadlec (Bayer Leverkusen), central que traz consistência ao sector recuado e ajuda também no ataque, tendo marcado 4 golos na qualificação. No miolo, Michal Bilek conta com muita qualidade tendo Jan Polak (Wolfsburgo), Jaroslav Plasil (Bordéus) e Tomas Hubschman (Shakhtar) a juntar a Tomas Rosicky. Este último é claramente o homem em maior evidência. Capitão de equipa, mostra que a idade é um posto. O médio do Arsenal é o último resistente da geração de ouro do futebol checo e não podia chegar em melhor forma a este Europeu. Numa equipa com poucas esperanças terá de ser o capitão a fazer com que a equipa se anime.

Equipamentos

equipamento rep checa equipamento alternativo rep checa

Fase de Grupos

08/06 – 19:45 Rússia – República Checa
12/06 – 17:00 Grécia – República Checa
16/06 – 19:45 República Checa – Polónia

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Boas Apostas!