O FC Porto termina a sua caminhada europeia em Málaga, onde perdeu por 0-2, vendo-se assim afastado dos quartos-de-final da Liga dos Campeões. Os espanhóis estiveram sempre por cima, perante uma equipa portista demasiado frágil fisicamente para dar resposta ao que se passou no La Rosaleda. O Bayern de Munique também perdeu por 0-2, em casa, mas avança para a fase seguinte.
Começar a perder antes do jogo
O FC Porto começou a perder o encontro quando chegou a Málaga com João Moutinho e James Rodríguez bem longe do seu melhor momento de forma. Ainda assim, Vítor Pereira não viu alternativa a lançar Moutinho no meio-campo portista, deixando James no banco, enquanto em campo Varela e Defour ocupavam as posições mais próximas das linhas laterais, ambos muito pressionantes sobre os defesas do Málaga, que assim iam sentindo dificuldades em sair com a bola. Lucho González aparecia também bastante subido, ficando Fernando e João Moutinho a ocupar os espaços mais recuados, tentando evitar que Isco e Joaquín ficassem um para um com os defesas laterais portistas.
O conjunto espanhol tinha também a pressão alta como sua principal arma para esta partida. Saviola e Júlio Baptista jogavam soltos na frente, procurando triangulações com os rápidos extremos e tendo em Toulalan e, especialmente, Iturra, a servirem como autênticas paredes de encontro a um FC Porto que foi ficando refém da falta de quem segurasse a bola no meio campo adversário. De notar também a exibição de Antunes. Com Jesus Gámez, do lado direito, a mostrar-se mais tímido nas subidas, Antunes surgia muitas vezes como um elemento extra no meio-campo do Málaga, criando desequilíbrios e deixando em alerta vermelho o último reduto portista.
Com o FC Porto a perder frescura, o Málaga aproximava-se definitivamente da baliza de Helton, chegando ao golo aos 40 minutos, que no entanto viria a ser (mal) anulado pelo árbitro da partida. Três minutos depois, Isco aparecia solto sobre a direita e teve tempo para ajeitar a bola e coloca-la dentro da baliza do guarda-redes brasileiro, que estava ligeiramente adiantado mas pouco poderia fazer dada a colocação do remate. A eliminatória ia empatada para o intervalo e as más notícias para o FC Porto sucediam-se. João Moutinho não conseguia voltar do balneário, sendo substituído por James Rodríguez. Para piorar, logo aos 49 minutos, Defour falha um corte e acaba por fazer falta sobre Joaquín, vendo o segundo cartão amarelo e deixando a sua equipa em inferioridade.
Vítor Pereira trocou Varela por Maicon, tentando impor mais solidez defensiva, e perante o esgotamento de Alex Sandro, fê-lo sair para entrar Atsu. Mas a verdade é que a equipa portista não conseguia reagir perante um Málaga que se ia impondo no jogo. James não mostrava condições de pegar no jogo, Lucho estava cada vez mais fatigado e o Porto ia optando por um jogo direto para Jackson Martínez que não dava qualquer resultado. Manuel Pellegrini, mesmo em superioridade numérica, não arriscava oferecer espaço aos Dragões, trocando Júlio Baptista por Roque Santa Cruz. Viria a ser o paraguaio, aos 77 minutos, a subir mais alto do que Otamendi e a cabecear para o fundo da baliza de Helton. Estava feito o 2-0 e a liderança tinha mudado de mãos.
Até ao final, o FC Porto tentou encontrar o golo que lhe restituísse a vantagem, mas só nas bolas paradas conseguiu levar algum perigo à baliza espanhola. O Málaga controlou sempre a partida, merecendo totalmente a vitória conquistada esta noite. Para o FC Porto, o amargo de boca de não ter conseguido uma vantagem maior no Dragão, para além de algumas culpas nas decisões técnicas de Vítor Pereira que, independentemente dos problemas físicos dos seus jogadores, não esteve na melhor noite da sua carreira. Fora da Taça de Portugal e da Liga dos Campeões, resta agora ao FC Porto focar-se no que resta da Liga ZON Sagres.
Sair por cima
Depois de uma derrota por 1-3 em Londres que não deixava prever a menor esperança para o Arsenal, um golo de Olivier Giroud logo aos três minutos de jogo permitiu o acender de uma pequena luz ao fundo do túnel. Arsène Wenger, consciente da dificuldade de ganhar a eliminatória, preocupou-se em conquistar uma equipa, que tem ainda uma árdua luta pela frente na Premier League, se quiser voltar ao convívio dos campeões na próxima temporada.
O Bayern de Munique parecia seguro do seu apuramento, que mesmo não tendo nunca levado a intensidade do jogo aos seus níveis habituais, pareceu ser uma equipa capaz de chegar ao golo durante a partida. Ainda assim, viria a ser o Arsenal quem marcou o segundo golo, com Koscielny a cabecear para o fundo das redes no minuto 86. Até ao final, com apenas um golo a separá-los de uma virada histórica, os ingleses desafiaram todas as probabilidades, mas não conseguiram eliminar o Bayern.
O sorteio dos quartos-de-final realiza-se na manhã de sexta-feira e as oito equipas apuradas são: Real Madrid, Barcelona, Málaga (Espanha), Bayern Munique, Borussia Dortmund (Alemanha), Juventus (Itália), Paris SG (França) e Galatasaray (Turquia).
Boas apostas!