Depois de quatro derrotas consecutivas na fase de qualificação sul-americana para o Mundial 2014, o Chile alcançou uma confortável vitória sobre o Uruguai, por 2-0, e volta a entrar no grupo dos apurados. A Venezuela bateu a Colômbia e também ultrapassou os uruguaios, que acabam esta dupla de jogos com muito o que refletir e corrigir, caso queiram assegurar um lugar no Brasil.
Fazer do difícil, fácil
O Chile enfrentava um quadro bem complicado na antevisão da partida frente ao Uruguai. Sem contar com Alexis Sanchéz, Jorge Sampaoli tentava também recuperar uma equipa que vinha de uma série de quatro derrotas. O único ponto positivo parecia ser o facto de ter como adversário, uma equipa que estava também em situação de ansiedade. E foi mesmo por aí que o conjunto chileno pegou. Entrando muito forte no jogo, conseguiu abrir o marcador logo aos 10 minutos, por intermédio de Esteban Paredes, que aproveitou uma falha monumental da defesa uruguaia. O jogo foi crescendo em dureza, mas a equipa da casa nunca perdeu o controlo do mesmo.
Óscar Tabárez também mexeu no seu conjunto, chamando Aguirregaray, Arévalo Rios, Gastón Ramírez e Edison Cavani à titularidade. No entanto, o problema uruguaio parece ser mais profundo do que uma mera questão de jogadores. Com Luís Suárez muito ativo e excessivamente conflituoso na frente de ataque, a equipa nunca foi capaz de estabilizar a posse de bola nem de fazer perigar a vantagem adquirida pela equipa do Chile. Aos 78 minutos, foi mesmo a equipa da casa quem voltou a marcar, desta vez por Eduardo Vargas, alcançando assim uma desejada vitória que deixa o Uruguai em muito maus lençóis para o que resta desta fase de qualificação.
Venezuela mantém tradição
Apesar do excelente momento da equipa colombiana, ainda não foi desta que Falcao e companhia conseguiu quebrar uma malapata que dura desde 1998. Foi há 15 anos já que a equipa da Colômbia venceu pela última vez em território venezuelano um jogo oficial. Ontem, a equipa vinotinto cerrou os dentes e apostou tudo numa vitória que os mantém na corrida pela qualificação. José Rondón marcou o golo logo aos 13 minutos e a conjunto de César Farías não falhou durante o que faltava para completar os 90 minutos. Com Falcao e James Rodríguez a jogarem a partida por inteiro, curioso notar que Jackson Martínez acabou por não ser opção, mesmo com a equipa em desvantagem durante tanto tempo.
Quem também manteve a tradição de transformar os jogos em sua casa num verdadeiro suplício para os adversários foi a equipa da Bolívia. Alejandro Sabella operou várias modificações no seu onze, para tentar enfrentar a falta de oxigénio disponível a tão alta altitude, mas não se livrou de ver alguns dos seus jogadores a dar evidentes sinais de dificuldades para estar ao seu nível. Marcelo Moreno abriu o ativo para os bolivianos aos 25 minutos, mas a Argentina conseguiu o empate bem perto do intervalo, através de Éver Banega. Com este empate, a Argentina é agora mais primeira, enquanto a Bolívia vai perdendo terreno no fundo da tabela.
Quem regressou ao segundo lugar do grupo foi o Equador, que fez uma exibição sem mácula frente ao Paraguai. Luis Caballero ainda marcou primeiro para os paraguaios, mas com golos de Felipe Caicedo, Cristian Benítez e Jefferson Montero (que bisou), os equatorianos fixaram o resultado em 4-1. Com menos um jogo do que os perseguidores que se encontram fora dos lugares que dão o apuramento – e cinco pontos de vantagem – o Equador parece poder já reservar estadia para o Mundial do Brasil.