Quando a equipa de Rafael Benítez parecia estar na corrida para se aproximar do Manchester City no 2º lugar da Premier League, uma derrota em Southampton leva-a, de volta, para fora do pódio da competição. Será na ressaca desta derrota que os Blues enfrentam o Manchester United, na repetição do jogo dos quartos-de-final da Taça de Inglaterra.
Southampton agarra-se à Premier League
A equipa de Maurizio Pochettino conseguiu quebrar a descida na tabela classificativa com vitórias nas últimas duas jornadas. Para mais, fê-lo frente a dois conjuntos de topo. Primeiro, batendo o Liverpool e, ontem, vencendo o Chelsea. Talvez com estas equipas o técnico argentino tenha encontrado um terreno fértil para o seu estilo de jogo. Jay Rodríguez abriu o marcador e Rickie Lambert fixou o resultado, já depois de John Terry ter empatado a partida. Com esta vitória, o Southampton sobe à 11ª posição, transformando o horizonte da luta pela manutenção na Premier League.
Quem voltou a vencer foi o Wigan. Recebendo o Norwich no seu terreno, o conjunto orientado por Roberto Martínez teve que esperar pelo minuto 81, para que Koné marcasse o golo da vitória. Com este resultado, e beneficiando da derrota do Aston Villa já hoje frente ao Liverpool, o Wigan volta a colocar a cabeça acima da linha de água. Ambas estas equipas têm agora 30 pontos, oferecendo sinais de perigo ao Norwich e ao Stoke, com 34, e ao Newcastle, com 33. O adversário do Benfica na Liga Europa saiu vergado a um pesado 0-4 frente ao Manchester City, tendo agora que dividir a sua atenção entre a Liga Europa e o perigo de cair no Championship.
Lugares europeus no eixo Londres – Liverpool
A derrota do Chelsea pode ter permitido o regresso do Tottenham ao 3º lugar, mas é o Arsenal quem exulta com a escorregadela do seu rival londrino. Recebendo o Reading no Emirates, os Gunners não tiveram qualquer dificuldade para impor uma goleada de 4-1, com Gervinho, Cazorla, Giroud e Arteta a marcarem os golos da vitória. O Arsenal fica assim a apenas dois pontos do Chelsea, que ocupa agora o lugar de acesso à pré-eliminatória da Liga dos Campeões.
Também com renovadas esperanças de atingir ainda esta posição surge o Everton. David Moyes não tinha disponíveis nem Fellaini nem Pienaar, precisando assim de reinventar o seu conjunto para o encontro frente ao Stoke. Kevin Mirallas acabou por marcar o golo, numa vitória que apresenta um Everton menos dependente das suas estrelas e bem capaz de somar vitórias mesmo numa situação fragilizada. O Everton aproveitou também para marcar a distância do seu rival, o Liverpool, com quem agora divide a corrida à Liga Europa.
Os Reds viajaram até Birmingham para conseguir resistir a um Aston Villa que tinha vindo a somar bons resultados nas últimas duas semanas. Para quebrar a série de vitórias do seu adversário, o Liverpool contou com os golos de Jordan Henderson, a passe de Coutinho, e de Steven Gerard, na marcação de uma grande penalidade.
Segunda-feira com Taça de Inglaterra
Numa semana infernal para o Chelsea, que terá de disputar quatro jogos neste período, Rafael Benítez vê-se obrigado a uma complicada gestão do plantel. Perdido o primeiro encontro, a contar para a Premier League, segue-se a Taça de Inglaterra, com a repetição da eliminatória frente ao Manchester United, a contar para os quartos-de-final da competição. O técnico optou por descansar algum dos seus titulares frente ao Chelsea, não sendo de espantar que David Luíz, Ramires, Hazard e Demba Ba possam estar de regresso para defrontar o United. Oriol Romeu continua entre os indisponíveis, enquanto o técnico espanhol deverá decidir-se por considerar este o principal jogo da semana. A Liga Europa será sempre uma segunda opção perante a oportunidade histórica de pisar o relvado de Wembley e levantar a Taça da mais antiga competição do mundo.
Para Alex Ferguson, o jogo de sábado frente ao Sunderland trouxe uma má notícia, com a lesão de Rafael. Mas enquanto a conquista da Premier League parece já conquistada, o escocês pretenderá, por certo, tentar alcançar a dobradinha, para mais numa fase em que está já fora das competições europeias. Rio Ferdinand, Wayne Rooney, Javier Hernandez, Nani e Ryan Giggs estiveram entre os jogadores que ficaram de fora no sábado, podendo entrar diretamente no onze em Stamford Bridge. Quem continua de fora, lesionado, é o trio composto por Phil Jones, Paul Scholes e Darren Fletcher.
Num jogo onde se espera, uma vez mais, bastante equilíbrio e muito futebol de ataque, ambos os técnicos pretendem respeitar o encontro marcado com a história. Para a grande maioria dos adeptos ingleses, a presença na final da Taça é, ainda, uma das melhores coisas que pode acontecer aos seus clubes.